O manual descreve ações coordenadas, as fases do ataque de sábado e palavras-chave, e há uma seção dedicada ao sequestro de civis em locais próximos à Faixa de Gaza, detalhou o Exército israelense. Paralelamente, os militares israelenses alegadamente encontraram junto ao corpo de um membro do Hamas em solo israelense um plano detalhado para realizar o ataque contra o kibutz Alumim. O Exército israelense explicou que desde o último sábado soldados reservistas da unidade 8200 fazem parte de um grupo de trabalho para investigar, analisar e examinar uma série de objetos coletados dos corpos de membros do Hamas. O governo de Israel está distribuindo aos meios de comunicação uma fotografia com um pedaço de papel em árabe, que aparentemente indica o plano de ataque da célula do Hamas que conseguiu infiltrar-se no kibutz Alumim.
Nesse documento está escrito que o objetivo era “causar o maior dano possível” e capturar reféns. Além disso, o grupo infiltrado recebeu instruções para se reunir no centro do kibutz, concentrar os reféns em um só lugar e atacar a força de defesa que havia no perímetro. Alumim foi uma das comunidades israelenses perto de Gaza onde os islamitas conseguiram infiltrar-se durante o ataque surpresa de 7 de outubro, o que levou a uma escalada de hostilidades que em uma semana causou mais vítimas do que a guerra de dois meses de 2014. Os bombardeios de retaliação do Exército israelense deixaram 2.670 mortos e 9.600 feridos em Gaza, enquanto na Cisjordânia 56 palestinos foram mortos por tiros disparados pelas forças de segurança israelenses e por colonos ultra-sionistas.