O Hamas é um acrônimo para o Movimento de Resistência Islâmica que surgiu em 1987 na efervescência da Primeira Intifada palestina contra Israel.
Apesar de ser um grupo fundamentalista islâmico sunita, é apoiado pelos governos xiitas do Irã e da Síria e também pelo grupo terrorista xiita Hezbollah do Líbano. Isso porque, diferentemente de outros grupos palestinos como o Al-Fatah ou simplesmente Fatah, o Hamas luta pela destruição do Estado de Israel.
Em sua luta encarniçada pelo poder, o Hamas venceu as eleições legislativas na Faixa de Gaza e expulsou o Al-Fatah através de um expurgo violento que assassinou vários membros dessa organização palestina política e militar. O extermínio físico de seus opositores, assim como faziam os nazistas e os fascistas, é um dos métodos mais utilizados pelos terroristas do Movimento de Resistência Islâmica.
Outro método dessa organização criminosa é abrigar o seu núcleo político e suas forças armadas, covardemente, em áreas civis, sendo, geralmente, em abrigos subterrâneos situados embaixo de mesquitas, escolas e hospitais, o que torna a população palestina uma corrente de escudo humano para as ações terroristas desse grupo fundamentalista.
A postura sectária do Hamas não serve à Causa Palestina a menos que essa seja verdadeiramente a destruição do Estado israelense e a aniquilação do povo judeu, ou seja, o puro genocídio de uma nação, embora etnicamente árabes e judeus sejam da mesma raiz semita.
Com sua estratégia permanente eivada por ataques terroristas, decapitações, linchamentos, estupros e incinerações em vida de israelenses e opositores palestinos, essa organização acirra os ânimos dos israelenses fanáticos de ultradireita que, assim como o Hamas, contrapõem-se a um armistício com os seus adversários. A decapitação de dezenas de bebês pôs mais fogo no incêndio.
O massacre sem precedentes do Hamas contra o povo israelense piorou ainda mais a caótica situação dos palestinos. Principalmente porque após a invasão terrorista o grupo foi alojar-se entre os cidadãos da Faixa de Gaza, como sempre faz.
O Exército israelense, que ontem (13.10) à noite - pelo fuso horário brasileiro - iniciou seu ataque terrestre na Faixa de Gaza, apenas solicita a libertação dos reféns israelenses e de outros países que estão nas mãos dos terroristas. O Hamas, no entanto, parece que prefere ver o povo ao qual diz que representa passar por mais uma crise humanitária do que devolver as vítimas de sua insana barbárie. Outra possibilidade para tal negativa pode ser o fato delas não estarem mais vivas.
A depender do Hamas, a população palestina da Faixa de Gaza agonizará em doses homeopáticas. Parece ser esse o objetivo do grupo sunita que assim deseja tal situação para fazer a opinião pública internacional - excetuando-se a muçulmana - mudar de postura e imprimir uma reação condenatória ao Estado israelense.
Para o Hamas, diante de sua estratégia, vidas humanas, sejam israelenses ou palestinas, é o que menos importa.