Uma avaliação aplicada para os alunos do curso de formação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Juazeiro do Norte pautou as discussões na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, durante a sessão ordinária desta terça-feira (29). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra explosivos sendo jogados durante a aplicação da prova, além do barulho de sirenes das viaturas colocadas na sala.
O tema foi levantado pelo vereador Padre Paulo (PSD), que classificou a atividade como assédio moral. O parlamentar disse que a atividade pode trazer prejuízos à saúde mental dos guardas em formação e considerou que não havia necessidade de colocar os guardas “em constrangimento”.
“Me chocou muito [a cena]. A Guarda Municipal existe para guardar e proteger o patrimônio público. Queria entender qual o amparo para colocar aqueles guardas na situação de um assédio moral tamanho e qual o objetivo de proporcionar aquela realidade. Acredito que o comandante [da guarda] extrapolou. Acredito que não vinha ao caso fazer os guardas passarem por tamanho assédio”, disse Padre Paulo.
Em um aparte, o vereador Janu (Republicanos) fez críticas ao comandante da GCM, Jozimar Correia. Para o parlamentar, esse tipo de avaliação não deveria ser aplicado durante o curso de formação. “Esses alunos ainda estão no curso, não sabe nem se vão ficar. Muitos podem ficar pelo caminho. O comandante da guarda está querendo dar uma instrução militar para os alunos nesse momento”, disse Janu.
Capitão Vieira Neto (PTB) considerou a atividade como uma “tortura psicológica”. O parlamentar, que é militar, disse que nunca passou por uma prova nesses moldes. “Nunca houve um estresse dessa forma numa prova. É uma tortura psicológica clara. Um candidato fazer uma prova ainda para ingressar na Guarda Municipal se submeter a isso?”, questionou Vieira Neto.
Presidente Darlan denuncia caos na limpeza pública
Ainda durante a sessão ordinária desta terça-feira (29), o presidente da Casa, vereador Darlan Lobo (PTB), denunciou o caos na limpeza pública de Juazeiro do Norte. Darlan destacou o volume de entulho descartado em ruas de baixa movimentação. Para o vereador, isso é resultado da diminuição dos serviços no contrato do lixo, como a retirada do serviço de ecotransbordo.
“A cidade de Juazeiro está um lixo. Qualquer pessoa está vendo nas ruas a piora que teve, as ruas todas sujas, o lixo ‘comendo de esmola’, os entulhos nas ruas mais desertas. A gente tinha na gestão quatro ecotransbordos, mas acabaram com isso”, disse Darlan.