Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (27), vereadores de Juazeiro do Norte repudiaram ataques disparados por perfis nas redes sociais contra a Câmara Municipal, bem como criticaram um levantamento feito por uma universidade que divulga gastos, faltas e produção legislativa. Parlamentares ainda apontaram que houve omissão de informações na sondagem.
O assunto foi colocado em debate pelo vereador Capitão Vieira Neto (PTB). Segundo ele, existe na gestão municipal uma espécie de gabinete do ódio com o objetivo de manchar a imagem da Câmara Municipal. Vieira Neto faz referência ao perfil no Instagram Avança Juazeiro, que, segundo ele, faz a defesa do prefeito Glêdson Bezerra e ataca opositores políticos do gestor.
Em publicação recente, a página tachou os parlamentares de “gastões”. A peça reproduz informações de um estudo elaborado por um projeto de extensão da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Os valores apontados como ‘gastos’, por exemplo, são referentes – em sua maior fatia – aos salários dos vereadores. Sobre as faltas, vereadores esclarecem que os pesquisadores foram levados ao erro por conta de informações equivocadas.
“É um Instagram patrocinado pelo prefeito Glêdson Bezerra. [Eles] usaram o termo “os vereadores mais gastões de Juazeiro do Norte. Eles tentam de todas as formas denegrir a imagem dos vereadores, mas nós mostramos que o prefeito recebeu mais de R$ 350 mil em 2021, que a esposa e as pessoas ligadas a ele têm cargos comissionados”, disse o parlamentar.
Além de Vieira Neto, outros seis vereadores fizeram apartes sobre o assunto. O vereador Márcio Joias (União) disse que o disparo de informações distorcidas tem o intuito de colocar a população contra à Câmara. Já Dr. Victor Lacerda (PSB) questionou o porquê de páginas amistosas à gestão não divulgarem os gastos do prefeito e de secretários com diárias. Ele citou uma viagem que o prefeito fará a Brasília, que custará mais de R$ 5 mil aos cofres do Município.
Vereador denuncia suposto superfaturamento em reforma
No Grande Expediente, o vereador Dr. Victor Lacerda fez uso da tribuna da Casa para denunciar um suposto superfaturamento na reforma do prédio onde funciona o CadÚnico de Juazeiro do Norte. Segundo o parlamentar, a reforma custou R$ 293 mil, mas a empresa responsável fez apenas reparos na pintura e no telhado no local.
“As únicas coisas que foram feitas foi uma pintura de péssima qualidade, um retelhamento que gerou mais goteiras do que tinha antes e a construção de uma pequena coberta que não cabe nem um carro embaixo. Esse valor se torna incompatível com o serviço que foi prestado”, disse o parlamentar.