Novas denúncias contra o comando da Guarda Civil Metropolitana vieram à tona durante a sessão ordinária realizada nesta quinta-feira (11), na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. As queixas contra o comando e contra a corregedoria da GCM pautaram as discussões no Plenário. Elas foram levantadas por dois guardas que estiveram na sessão a convite do vereador Janu (Republicanos).
Na ocasião, fizeram uso da tribuna o subinspetor Adalberto e o diretor regional do Sindguardas, subinspetor Aran. Eles relataram casos de ingerência, ameaça e perseguição por parte do comandante da tropa, Jozimar Correia dos Santos, bem como suposto abuso de poder na corregedoria, que, segundo eles, tem tratado com lentidão os processos contra o comandante, mas tem sido ágil naqueles contra GCMs.
“Queria deixar o meu apelo aos vereadores, que fiscalizem, façam auditorias dentro da Guarda Municipal a respeito de nossas viaturas, EPIs, que nós não temos. Temos lá gente sendo processada, sendo presidente de comissões, redigindo processos que vão penalizar nós guardas municipais. O psicológico dos guardas vem sendo afetado e punições que a gente vem sofrendo”, disse Adalberto.
“Nada na área administrativa nós temos respostas, mas quando é algo contra mim ou contra meus companheiros que nos levantamos para denunciar, aí vem a corregedoria e atua”, disse Aran. “Será que essa corregedoria está sendo imparcial?”, questionou o diretor sindical.
Depois das exposições, o vereador Janu disse suspeitar que o comandante Jozimar tenha uma ‘blindagem’. O parlamentar acrescentou que o comandante já foi, inclusive, expulso da guarda municipal. “Ele já responde, já foi expulso da guarda duas vezes. Alguém está blindando ele de uma maneira que não sabemos por que”, afirmou.
Já o vereador Capitão Vieira Neto (PTB) afirmou que Jozimar tem desrespeitado a Câmara Municipal, por ignorar a requisição de documentos. Um requerimento de Vieira Neto havia sido aprovado por unanimidade pela Casa. Ele solicitava a escala de serviço e os procedimentos instaurados na guarda, mas não obteve resposta do comando da GCM.
“Essa braveza dele desrespeita todo o Poder Legislativo. Não foi um ato individual, foi um ato da Câmara, um ato legítimo de requisitar documentos. Mas não iremos nos calar com isso. Vou elaborar um documento encaminhando ao Ministério Público e encaminhando ao prefeito para a exoneração desse guarda na função de comandante”, disse Vieira Neto.
William Bazilio – Bilinha sugeriu a realização de uma sabatina para que o comandante da GCM se posicione sobre as denúncias. “Isso suja a imagem da Guarda Municipal. Fica feio essa briga interna e essa perseguição. Que ele venha prestar esclarecimentos sobre essas divergências que estão sendo colocadas. O diálogo é importante e ele resolve muita coisa”, sugeriu o parlamentar.