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Transtorno do Espectro Autista é tema de Audiência Pública na Câmara de Juazeiro do Norte

Publicada em 30/04/22 às 07:49h - 390 visualizações

Câmara Municipal de Juazeiro do Norte/CE


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Transtorno do Espectro Autista é tema de Audiência Pública na Câmara de Juazeiro do Norte
 (Foto: Josimar Segundo)
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte realizou, na manhã desta sexta-feira (29), Audiência Pública para discutir ações relacionadas à Assistência Municipal às Crianças Autistas, que atinge cerca de 573 crianças em 92 escolas da rede municipal de ensino. O encontro, que ocorreu no plenário do Poder Legislativo Municipal, foi conduzido pela vereadora Dra. Yanny Brena.

De acordo com a assessora de Inclusão da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), Lucélia Sampaio, no Município 573 crianças foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e 964 com deficiência. “Podem surgir muito mais [casos] no decorrer do nosso trabalho”, explicou Lucélia. 

“O trabalho é gigantesco, é desafiador, precisamos de parceiros, da Sedest, da Saúde, precisamos da sociedade para poder estarmos discutindo e fazendo uma inclusão mais eficiente”, acrescentou a assessora.

A secretária municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest), Josineide Pereira, enfatizou que a pasta busca alternativas para aperfeiçoar a assistência às crianças autistas. “Fizemos algumas reuniões para discutir sobre o assunto, inclusive, fizemos algumas capacitações no mês de abril com profissionais dos CRAS e de todos os equipamentos da Sedest”. 

Mãe de um jovem autista de 21 anos, Gilmara descobriu aos 41 anos que também é portadora de TEA. “Eu me culpava, me cobrava, não me entendia e não me aceitava. Então, quando você tem um diagnóstico você começa a entender e começa a se tratar”, afirmou. 

Já Francisca Gomes é mãe de uma criança autista que, segundo ela, há dois anos não recebe atendimento de fonoaudiólogo. Ela relatou ainda que muitas crianças não são acompanhadas por monitores e sofrem bullying na escola. “Uma menina teve o cabelo cortado e não quer ir estudar”, relatou.

“Não é o autista que precisa se adaptar ao mundo dos outros, mas os outros que precisam se adaptar ao mundo do autista, porque se não aprender em casa a respeitar uma criança com autismo ou outra deficiência, as coisas não irão melhorar”, completou.



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