A construção de galpões de triagem de resíduos sólidos numa área verde voltou a pautar as discussões na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. O presidente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (Amaju), Eraldo Oliveira, prestou esclarecimentos durante a sessão ordinária desta terça-feira (10). Os trabalhos foram conduzidos pelo 1º vice-presidente Raimundo Jr. (MDB).
Da Tribuna da Casa, Eraldo justificou que a legislação permite a construção de equipamentos comunitários em parte das áreas verdes. Questionado sobre o abaixo assinado de moradores contrários à construção do equipamento, ele explicou que levantar a estrutura em outra área poderia gerar custos com desapropriações.
“Eu não vejo diferença em uma área verde fazer política ambiental utilizando esses equipamentos. Em alguns lugares que visitei, esses equipamentos ficam vizinhos a escolas, vizinho a hospitais. [...] Uma área com um equipamento desse pode sim ter uma praça ao lado, onde se pode ter um modelo de educação ambiental e sociocultural”, explicou Eraldo.
O assunto veio à tona na sessão plenária da quinta-feira (5), quando o vereador Darlan Lobo reverberou queixas de moradores contrários à obra. Nesta terça-feira (10), ele sugeriu que o equipamento seja construído em outro local. Ele ainda citou uma lei municipal que prevê que as construções em áreas verdes devem passar pela apreciação da Câmara Municipal.
“A gente espera que construa em outra área atendendo a população. Que pelo menos não seja em uma área verde”, defendeu o parlamentar.
Grande Expediente
O vereador Dr. Victor (PSB) repudiou a portaria baixada pelo secretário executivo de Administração, João Paulo, para cobrar um mês de salário de cada servidor municipal que participou da greve de 2018. “É altamente imoral e antiético a prefeitura querer descontar um mês de salários de um trabalhador que precisa tanto”, disse o vereador.
Em apartes, vereadores ainda comentaram o vídeo em que o prefeito Glêdson Bezerra anuncia que enviou à Câmara Municipal projeto de lei para anistiar todos os servidores que aderiram ao movimento grevista de 2018. A matéria, porém, ainda não começou a tramitar no Legislativo.
“Se ele tinha o poder de enviar esse projeto [de anistia] por que ele deixou notificar todos os servidores?”, questionou o vereador Janu (Republicanos).