A situação do Fortaleza começa a se complicar na Série A de 2022. A competição está apenas no início, mas o time cearense surge na lanterna e sem pontos conquistados após três jogos. A nova derrota foi para o Corinthians, domingo (1º), em Itaquera, por 1 a 0. A reação deve ser imediata.
O panorama é o inverso do encontrado em 2021, quando o técnico argentino Juan Pablo Vojvoda venceu em sequência: Atlético-MG (1x2), Internacional (5x1) e Sport (1x0). Para além do momento, da zona de rebaixamento, o problema é o futuro: o Brasileirão cobra caro todo esse desperdício.
Por isso, o torneio exige muito. São 38 finais, tudo conta até os caminhos serem definidos no fim: a meta de cada um nessa longa jornada. Hoje, dos 20 participantes, o único que não conseguiu nenhum ponto foi o Leão. E o alerta deve ser ligado.
-> Veja a tabela de classificação da Série A do Campeonato Brasileiro
O elenco tem potencial de evolução, pode reagir, mas essa resposta deve vir em resultado (para além do nível de atuação). No momento, o time tem uma partida a menos, como o Ceará: falta o Clássico-Rei, da 3ª rodada. Foi adiado de abril para junho.
A campanha histórica do último ano serve como recorde do futebol nordestino, será eternizada, assim como a participação na Libertadores de 2022. Tudo é importante, mas o fio condutor do projeto tricolor é a manutenção na 1ª divisão nacional.
Os pontos perdidos aumentam a responsabilidade pelo resultado na sequência, apesar do nível dos adversários. Com os títulos do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste, um padrão tático bem definido e um trabalho longevo da comissão técnica, o Leão tem a missão de frear as derrotas consecutivas para subir na tabela e se afastar da zona de rebaixamento, hoje em 20º.
O Fortaleza foi agressivo e protagonista contra o Corinthians. Criou diversas chances de gols e ditou o ritmo no 1º tempo, mas não conseguiu converter em gol. A grande atuação não foi suficiente. De sobra, um gol contra de Jussa cedeu o resultado aos paulistas, que cresceram na etapa final.
A equipe oscilou entre os períodos e, acima de tudo, pecou nos momentos de definição. Há méritos no adversário, qualificado. Todavia, a falta de construção do placar no começo pesou, em um elenco que enfrenta uma maratona e tem menos opções.
As mudanças (Lucas Lima, Robson e Matheus Vargas) tiveram pouco efeito. Faltou força para buscar a igualdade. Por isso, é preciso reconhecer o alerta. O River Plate-ARG é quinta (5), às 19h, na Arena Castelão. O São Paulo é domingo (8), em casa.