Com a conquista, o clube carioca se iguala a Vasco, Corinthians e Atlético-MG entre os brasileiros com uma Libertadores, além de deixar o Botafogo como o único dos grandes cariocas sem esse título — o Flamengo é tricampeão.
Já o Boca Juniors, que não levanta o troféu desde 2007, soma o seu terceiro vice-campeonato consecutivo: 2012 (para o Corinthians), 2018 (para o River Plate) e 2023 (para o Fluminense). Com isso, mantém o Independiente como o maior campeão da competição, com sete conquistas.
O time do técnico Fernando Diniz começou a decisão dentro da sua proposta de manter a posse de bola e reunir vários jogadores em um lado do campo. Na primeira metade da etapa inicial, a equipe acumulava atletas pelo lado esquerdo, com Keno espetado na ponta dando amplitude.
Já o Boca, que marcou desde o início com um bloco mais baixo, buscou aproveitar os contra-ataques.
Foi dessa forma que os argentinos tiveram suas melhores oportunidades no começo do jogo, primeiro com Merentiel, que carregou e chutou de fora da área para defesa tranquila de Fábio, depois com Cavani, que recebeu bom passe de Barco, mas decidiu não chutar e tocou mal para Merentiel.
A partir da segunda metade do primeiro tempo, o Fluminense levou a construção das jogadas para a direita, acionando mais a participação de Jhon Arias. O colombiano conseguiu um escanteio, que Nino cabeceou para fora. Na sequência, os cariocas abriram o placar.
Keno iniciou o ataque pelo lado direito e tabelou com Arias. O camisa 11 foi ao fundo, cruzou para trás e encontrou Germán Cano, que finalizou para marcar o seu 13º gol na Libertadores, aos 35 minutos.
Além de goleador da edição de 2023, o atacante argentino ultrapassou Fred como o maior artilheiro do Tricolor no torneio continental, com 16 gols.
Na etapa final, o Boca naturalmente cedeu mais espaços ao Fluminense. Com isso, a equipe de Diniz passou a apostar na velocidade de Keno e Arias, mas não conseguiu aproveitar as brechas na defesa xeneize para aumentar a vantagem.
O castigo chegou aos 26 minutos do segundo tempo. Advíncula, que já havia chegado perto de empatar o jogo, cortou da direita para o meio — jogada característica do lateral peruano — e chutou de esquerda, no canto de Fábio, que não conseguiu chegar.
No último lance da partida, Diogo Barbosa teve em seus pés a bola do jogo, mas chutou cruzado para fora. Com o empate por 1 a 1, a final foi para a prorrogação.
Aos 8 minutos do primeiro tempo extra, John Kennedy, que tinha entrado minutos antes, recebeu passe de cabeça de Keno e chutou forte da entrada da área para marcar o gol do título do Fluminense.
Na comemoração, o atacante, que estava amarelado, foi celebrar com torcedores no pé da arquibancada e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso pelo árbitro Wilmar Roldán.
Que tricolor, no lugar de John Kennedy, não faria o mesmo?