Pênalti, 40 minutos com um jogador a mais em campo, mas o Ceará empatou com o Sampaio Corrêa-MA sem gols, neste sábado (14), na Arena Castelão, pela 32ª rodada da Série B de 2023. Sem brigar pelo acesso, também não oferece ao torcedor uma perspectiva de evolução para 2024.
Fato que passa pelas escolhas do técnico Vagner Mancini. Com "amistosos" pela frente até o fim do torneio, insiste nas mesmas peças, concede espaço para jogadores em baixa e testa pouco. Logo, coletivamente, a equipe não melhora, em uma crise técnica que já resulta na pior sequência desde o início da 2ª divisão: agora são cinco jogos sem vitória, com dois empates (Chapecoense e Sampaio Corrêa-MA) e três derrotas (Novorizontino, CRB e Atlético-GO).
A produção efetiva é pouca. A oportunidade de olhar de fato para a próxima temporada se perde com o foco na melhora de um grupo apático, sem ambição na Série B. Por isso, a base deveria ganhar espaço, renovando também a escalação titular.
Hoje, a involução se tornou a tônica. No 1º tempo contra o Sampaio, um volume maior pelo lado esquerdo que rendeu poucas chances reais. Na etapa final, uma penalidade perdida por Erick, junto da expulsão do lateral-direito adversário Pivô, aos 10 minutos, e mesmo assim o Vovô não teve a competência para marcar ou envolver o adversário.
A estratégia se limitou ao jogo aéreo. Sem organização, com três zagueiros e três centroavantes em parte da partida, pressionou no “abafa”, com cruzamentos, e conseguiu apenas uma bola na trave de Nicolas. Esse caminho retirou qualquer superioridade numérica que o Ceará teria em campo.
O estádio vazio, com míseros 6 mil torcedores, é um reflexo da campanha medíocre e do distanciamento. Restam seis jogos, e a expectativa não melhorou em Porangabuçu.