Os fatores, inclusive, já provocaram outras mudanças na saúde masculina, lembra Michael. A contagem de esperma e os níveis de testosterona em homens são exemplos que levaram o especialista a verificar se os impactos ambientais também promoveram mudanças físicas nesse público.
“Dadas as tendências que vimos em outras medidas da saúde reprodutiva masculina, pensamos que poderia haver um declínio no comprimento do pênis devido às mesmas exposições ambientais”, conta.
A teoria de Michael, no entanto, era que o pênis teria diminuído nos últimos anos. Ao conduzir o estudo, percebeu que a hipótese estava errada. Anteriormente, a média de tamanho de um pênis ereto era de 10,5cm.
“Conduzimos uma meta-análise na qual examinamos todos os relatórios, até onde sabemos, sobre o comprimento do pênis. Observamos o comprimento flácido, esticado e ereto, e criamos um grande banco de dados de medidas. O que descobrimos foi bem diferente das tendências em outras áreas de fertilidade e saúde masculina”, detalha.
PRÓXIMOS PASSOS
Agora, a equipe da Faculdade de Medicina de Stanford planeja verificar se os impactos ambientais também atingem outras populações, como crianças em fase de crescimento. Os pesquisadores querem analisar o banco de dados nacional de registro de altura e peso alimentado por pediatras para verificar se não há alterações significativas. Se houver, diz Michael, a exposição a produtos químicos pode “se tornar um indicador precoce de mudanças no desenvolvimento humano”.
“Além disso, se houver dados granulares sobre fatores de estilo de vida ou exposições ambientais, podemos tentar entender por que isso pode estar acontecendo. Por fim, acho importante perguntar se há mudanças semelhantes ocorrendo nos órgãos reprodutivos das mulheres.”