O diretor é conhecido pelo filme erótico "Emmanuelle", que ganhou a maior bilheteria na França em 1974. A produção registrou quase 9 milhões de espectadores, tendo Sylvia Kristel no elenco. Devido ao sucesso internacional, permaneceu 13 anos em cartaz em um cinema de Paris.
"Just Jaeckin morreu em 6 de setembro na Bretanha devido a uma longa doença, aos 82 anos. Morreu ao lado de sua esposa Anne, escultora, e de sua filha Julia, fotógrafa", afirmou o agente em comunicado oficial.
Jaeckin nasceu em 1940 na região central francesa Vichy. Era proprietário de uma galeria de arte em Paris. Ao lado da esposa, exibia esculturas e pinturas dele.
O filme "Emmanuelle"
O filme "Emmanuelle" surgiu a partir da adaptação de um livro best-seller erótico de mesmo nome, escrito por Emmanuelle Arsan, em 1959. Após o produtor Yves Rousset-Rouard confiar o projeto ao jovem Just Jaeckin, fotógrafo sem experiência como cineasta, o filme fez grande sucesso.
Jaeckin dirigiu mais dois filmes de alto teor sexual, "A História de O" e "O Amante de Lady Chatterley", também incluindo Sylvia Kristel no elenco.
"Emmanuelle" quase foi censurado na França. No entanto, um novo secretário de Estado para a Cultura foi nomeado na época, e a estreia do filme sem cortes foi permitida.
A protagonista de "Emmanuelle", Sylvia Kristel, teve o nome fortemente vinculado ao do filme e ao diretor. Após sua participação, passou por problemas de drogas e álcool.
Em 2012, faleceu, aos 60 anos, vítima de câncer. Seis anos antes, publicou sua autobiografia.
"Sylvia era uma mulher maravilhosa, muito pura, muito ingênua. Fazia jus a seu sobrenome, 'Kristel'. Ela foi superada, como eu, pelo choque que 'Emmanuelle' causou. Isso a marcou, foi muito difícil para ela", relatou Jaeckin à AFP após a morte da atriz.