A campanha contra o cantor Gusttavo Lima iniciada pela imprensa, sobretudo pelo Grupo Globo, e encampada por diversos grupos que se opõem ao Governo Bolsonaro, teve como estopim um show do cantor realizado em Brasília há duas semanas. Na ocasião, Gusttavo fez um discurso em que defendia valores que são bandeiras de Jair Bolsonaro.
Após aquele dia, o cantor teve sua vida devassada e não teve mais sossego. Nesta semana, ele foi a uma rede social e desabafou.
O principal ponto em que a imprensa tem tentado colocar a opinião pública contra o cantor diz respeito às contratações de seus shows por prefeituras. Segundo a imprensa, o show de Gusttavo Lima não deveria estar sendo contratado por prefeituras de pequenas cidades cujo orçamento não comportariam uma despesa dessa monta.
Com a polêmica, o Ministério Público da Bahia decidiu entrar na briga política da oposição a Bolsonaro contra o cantor e pediu o cancelamento de um show de Gusttavo Lima que ocorreria no Festival da Banana na cidade de Teolândia (BA).
Os moradores de Teolândia, porém, não gostaram da medida e protestaram contra o cancelamento do ‘Festival da Banana’ na tarde desta sexta-feira (03/06).
O Ministério Público alegou no pedido que o município está em estado de emergência desde o fim de 2021, por causa das fortes chuvas que atingiram o sul do estado.
No protesto desta sexta, os moradores queimaram pneus e fecharam totalmente o quilômetro 349 da BR-101. O evento iria gerar cerca de 200 empregos diretos e mais de 500 indiretos.
Uma moradora que já tinha comprado os materiais para fazer as comidas que seriam vendidas no período da festa estava desolada.
A prefeitura não se manifestou sobre a decisão judicial que cancelou o festival nesta sexta-feira.
O ‘Festival da Banana’ teria 28 atrações e Gusttavo Lima seria o principal nome do evento, recebendo um cachê de mais de 700 mil reais pago pela prefeitura. O evento é um dos principais carros-chefes da economia local no calendário anual.