Em 1977, assisti ao primeiro filme da série Guerras Nas Estrelas (Star Wars), Uma Nova Esperança. Criança, fiquei maravilhado com os efeitos especiais de George Lucas. Foi a primeira vez que vi um holograma, a imagem da princesa Leia que saía de um robô. A imagem me marcou.
Hoje os robôs cada vez mais ocupam espaços que antes só eram destinados a humanos. Temos robôs condutores, metalúrgicos, pintores, escultores, cozinheiros, atendentes, telefonistas... Mas, além da robótica, o mundo holográfico também já é uma realidade tangível que para algumas pessoas já foi inserido em seu cotidiano. É o caso do circo alemão Roncalli (VEJA O VÍDEO).
O circo Roncalli foi fundado na década de 70, época em que era comum a utilização de números com animais, a maioria de grande porte: elefantes, tigres, cavalos, zebras, leopardos e até ursos eram utilizados, além de animais de porte menor como chimpanzés, focas e cães.
Com o transcorrer das décadas e a mudança de postura da sociedade em relação aos animais, estes foram deixando de fazer parte das atrações circenses. Mas o Roncalli, de forma inovadora e divertida, trouxe-os de volta na forma de holografias.
Os números com animais holográficos encantam o grande público, não são questionados pelos movimentos em defesa dos animais e não ocupam espaço no comboio do circo.
Empresas tecnológicas e o aplicativo Facebook estão investindo na holografia. É possível que, em breve, imagens holográficas possam conviver com as pessoas nos ambientes de trabalho e dentro de suas próprias casas. As holografias, que são imagens projetadas em três dimensões, poderão ser um antídoto paliativo e divertido para a solidão citadina desse tempo coetâneo.