Após sete dias de intensa programação dedicada ao audiovisual cearense, brasileiro e ibero-americano, o 31º Cine Ceará chegou ao fim na noite desta sexta-feira, 3, com a realização da cerimônia de premiação e, ainda, a primeira exibição no Ceará do documentário “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Aïnouz, no Cineteatro São Luiz. O grande vencedor entre os longas foi o documentário “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto. O Troféu Samburá, entregue pelo Vida&Arte e pela Fundação Demócrito Rocha, também foi outorgado no encerramento. A noite contou, ainda, com a presença do governador Camilo Santana (PT), que foi homenageado com o recebimento do Troféu Eusélio Oliveira, entregue pelo cineasta Rosemberg Cariry.
O secretário da Cultura do Ceará Fabiano Piúba fez fala na ocasião, destacando o Cine Ceará como um "promotor de políticas públicas". "O evento atravessa mesmo tempos de pandemia com uma expressão forte", afirmou.
O gestor ainda compartilhou que o 14° Edital de Cinema e Vídeo, cancelado há alguns meses, será relançado nos próximos dias.
Selecionado para a Mostra Competitiva Ibero-Americana de Longas-Metragens, que contou com seis longas, o grande vencedor levou ainda os troféus de Melhor Roteiro e Melhor Som. O longa "Bosco", de Alicia Cano Menoni, ganhou como Melhor Direção, Melhor Montagem e Melhor Trilha Sonora Original.
Os dois cearenses selecionados também saíram premiados: “Fortaleza Hotel”, de Armando Praça”, foi vencedor dos prêmios de Melhor Atuação Feminina e Masculina, respectivamente entregues para Clebia Sousa e Vanderlei Bernardino; já "A Praia no Fim do Mundo", de Petrus Cariry, ganhou por Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.
Já na Mostra Olhar do Ceará, dedicada à produção audiovisual do Estado, sagraram-se vencedores o documentário “Minas Urbanas”, de Natália Gondim, e o curta "Sebastiana", de Cláudio Martins.
O Troféu Samburá, criado nos anos 1980, desde 2017 foi retomado para destacar os filmes da Mostra Competitiva Brasileira de Curtas-Metragens. Entregue pelo Vida&Arte e pela Fundação Demócrito Rocha, a premiação consagrou o curta “Sideral”, de Carlos Segundo, como o Melhor Filme.
Já o prêmio de Melhor Direção foi para o curta paulista “Como Respirar Fora d’Água”, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros. O editor do Vida&Arte Marcos Sampaio entregou o troféu para as vencedoras.
Entre os prêmios paralelos, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema destacou os filmes "A Praia do Fim do Mundo", de Petrus Cariry, e “O Durião Proibido”, de Txai Ferraz, respectivamente vencedores dos prêmios da crítica de longas e curtas.
Neste ano, o Cine Ceará teve, assim como em 2020, formato híbrido, tendo exibições presenciais no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão e, remotamente, no Canal Brasil, YouTube, TV Ceará e plataformas Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo.
A programação do festival incluiu mais de 40 filmes, debates, homenagens e a realização de um seminário para debater perspectivas econômicas do audiovisual.
- LONGAS
Melhor Filme - "5 Casas", de Bruno Gularte Barreto
Melhor Direção - Alicia Cano Menoni, por "Bosco"
Melhor Atuação Feminina - Clebia Sousa, por "Fortaleza Hotel"
Melhor Atuação Masculina - Vanderlei Bernardino, por "Fortaleza Hotel"
Melhor Roteiro - Bruno Gularte Barreto e Vicente Moreno, por "5 Casas"
Melhor Fotografia - Petrus Cariry, por "A Praia no Fim do Mundo"
Melhor Montagem - Guillermo Madeiro, por "Bosco"
Melhor Trilha Sonora Original - Giorgio Ferrero e Rodolfo Mong, por "Bosco"
Melhor Som - Emil Klotzsh, por "5 Casas"
Melhor Direção de Arte - Sergio Silveira, por "A Praia do Fim do Mundo"
Prêmio da Crítica - Abraccine (longas): "A Praia do Fim do Mundo", de Petrus Cariry
- CURTAS
Melhor Curta-metragem - "Chão de Fábrica", de Nina Kopko
Melhor Direção - Pedro Gonçalves, por "O Resto"
Melhor Roteiro - Carlos Segundo, por "Sideral"
Prêmio da Crítica - Abraccine (curtas): "O Durião Probido), de Txai Ferraz
Prêmio Canal Brasil de Curtas - "Chão de Fábrica", de Nina Kopko
Troféu Samburá de Melhor Curta-Metragem - "Sideral", de Carlos Segundo
Troféu Samburá de Melhor Direção - Júlia Fávero e Victoria Negreiros, por "Como Respirar Fora d'Água"
- OLHAR DO CEARÁ
Melhor Longa - "Minas Urbanas", de Natália Gondim
Melhor Curta - "Sebastiana", de Cláudio Martins
Prêmio Unifor de Audiovisual - "Sebastiana", de Cláudio Martins
- PRÊMIO ÁGUA E RESISTÊNCIA
"Jeanstopia", de Gabriel Viggo e Murio da Paz
- MOSTRA PONTES CRIATIVAS