Psiquê Renascida Por Um Beijo de Cupido, de Antonio Canova (Reprodução)
O ditado "A pressa é inimiga da perfeição" não serve no mundo da robótica. Cada vez mais os robôs adquirem mais funcionabilidade com agilidade e precisão na realização de trabalhos antes destinados apenas a humanos. É o caso dos robôs escultores da empresa Robotor.
Um deles está reproduzindo a obra Psiquê Renascida Por Um Beijo de Cupido (também traduzida por Psiquê Reanimada Por Um Beijo do Amor - ou Eros), de 1787, do escultor italiano Antonio Canova. O que Canova levou cinco anos para realizar, o robô conclui em menos de 12 dias.
Tal feito tecnológico levou o técnico da empresa, Michele Basaldella, a declarar ao New York Times: "Não precisamos de outro Michelângelo. Nós já temos um".
A declaração de Basaldella seria verdadeira se não existisse um simples e verdadeiro detalhe: apesar da rapidez e precisão dos robôs escultores lhes faltam algo que nunca o tornarão substitutos dos artistas de carne e osso - a criatividade. Assim, os robôs são meros reprodutores. A criação da arte, da estética, da plástica é uma realização inerente à condição humana.
Quando os robôs desenvolverem a sociabilidade, a afetividade, a cognição, a saciedade e a autonomia esse discurso da inutilidade humana poderá ser levantado à luz de uma discussão verdadeira e intelectualmente honesta. Mas quando teremos o primeiro robô David, do Inteligência Artificial dirigido por Spielberg, em alusão ao pensamento de Stanley Kubrick?