A primeira dica, de acordo com Ana Catarina, é a mais essencial: certifique-se de que exista apoios dentro do box. “Com o piso escorregadio e o vapor da água quente, o ambiente se torna potencialmente perigoso. Portanto, verifique se é possível ter algum suporte para segurar durante a transa, para que ninguém caia e se machuque, transformando um momento de prazer em algo negativo”, afirma.
Além disso, também é interessante apostar em tapetes antiderrapantes. “Caso tenha essa possibilidade, indico utilizar um banquinho de borracha, ideal para quem deseja variar as posições com segurança.”
A educadora sexual relembra que a água quente acaba deixando a nossa pele ainda mais seca, o que inclui a região íntima. Portanto, a lubrificação é indispensável para garantir uma transa sem dores. “Só não se esqueça que não estamos falando de qualquer lubrificante. É necessário utilizar um à base de silicone, pois não saem com a água e são bastante impermeáveis”, indica.
Ela também pontua que muitas pessoas, sem saber, acabam acreditando que o lubrificante à base de água seria a melhor opção neste cenário. Isso definitivamente não é verdade: “Quando usado no chuveiro, a água acaba removendo o produto.”
Agora, um recado importante: de acordo com a especialista, as camisinhas não foram feitas para serem usadas na água, pois há uma enorme possibilidade de romperem ou saírem durante a penetração no banho. “Se você está usando preservativo para evitar infecções ou uma gravidez indesejada, é melhor buscar outra experiência”, diz.
Ana Catarina esclarece qual é a posição mais indicada: “Recomendo a penetração de pé, com o casal virado para a parede do chuveiro. Essa posição não demanda uma grande alternância de movimentos e também evita acidentes, oferecendo apoio para quem está sendo penetrado”, afirma.
A profissional afirma que muitos buscam inúmeras posições para o sexo no banho, contudo, variá-las não é uma boa ideia quando pensamos em conforto e segurança.
“Vamos encarar as coisas de forma honesta: o sexo no chuveiro não será tão aconchegante quanto aquele feito em cima de uma cama. Há uma emoção por ser algo diferente, mas não há como nutrir a expectativa de que seja uma réplica da experiência ‘tradicional’”, declara.
Você não precisa necessariamente aderir à penetração para transar no banho. O sexo oral e a masturbação podem ser igualmente prazerosos (ou até mesmo mais satisfatórios, dependendo da configuração do banheiro). “Estar debaixo do chuveiro pode trazer vivências sensoriais inéditas para essas práticas”, diz.
Quer tornar tudo ainda mais criativo e divertido? Traga sex toys, como vibradores, masturbadores, sugadores e outros para dentro do banho. “Também recomendo potencializar o clima erótico do ambiente com velas aromáticas, óleos de banho e esponjas.”
Se mesmo com todas essas dicas o momento não for tão prazeroso, não se sinta culpada por desistir: “Às vezes, locais pequenos ou com pouca ventilação impossibilitam a prática. A diferença de altura muito grande entre o casal também pode dificultar.”
Para iniciantes, as coisas podem ficar ainda mais complicadas. Se for o caso, a educadora indica apostar nas preliminares, brincar um pouco e terminar a transa na cama. “Assim, você não abre mão nem da ideia, nem de seu bem-estar”, conclui.