Uma pesquisa da Universidade Harvard descobriu um novo fator de risco para o acidente vascular cerebral. De acordo com os cientistas, a solidão pode aumentar o risco de AVC em até 56%.
Embora pesquisas anteriores tenham vinculado a solidão a um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares, poucas examinaram o impacto no risco de derrame especificamente.
O estudo é o primeiro do gênero a examinar a associação entre mudanças na solidão e risco de derrame ao longo do tempo.
Pesquisadores descobriram que adultos com 50 anos ou mais que sofriam de solidão crônica tinham um risco 56% maior de sofrer um derrame do que aqueles que relataram não se sentir solitários.
Aqueles que vivenciaram solidão situacional, mas não sofreram por muito tempo, não tiveram um risco maior de derrame. Isso sugere que o impacto da solidão no derrame ocorre ao longo de muitos anos.
Os pesquisadores publicaram as descobertas na eClinicalMedicine em 24 de junho.
O estudo usou dados de 2006 a 2018 do estudo de saúde e aposentadoria da Universidade de Michigan. Mais de 12.000 pessoas com 50 anos ou mais que nunca tiveram um derrame responderam questionários sobre solidão entre 2006 e 2008.
Quatro anos depois, cerca de 9.000 pessoas que permaneceram no estudo responderam às mesmas perguntas e os pesquisadores as agruparam de acordo com suas respostas nos dois momentos.
Os grupos foram “consistentemente baixos” (aqueles que pontuaram baixo na escala de solidão em ambos os pontos); “remitente” (aqueles que pontuaram alto no início e baixo no acompanhamento); “início recente” (aqueles que pontuaram baixo no início e alto no acompanhamento); e “consistentemente altos” (aqueles que pontuaram alto tanto no início quanto no acompanhamento).
Os pesquisadores descobriram que pessoas solitárias no início do estudo tinham um risco 25% maior de derrame do que aquelas não consideradas solitárias.
Mas entre aqueles que pontuaram “consistentemente alto” para solidão em ambos os momentos, houve um risco 56% maior de derrame do que aqueles no grupo “consistentemente baixo”.
Hipertensão;
Diabetes tipo 2;
Os sinais mais conhecidos de um AVC são fraqueza facial ou nos membros e dificuldades na fala. Porém, existem outros sintomas incomuns que também devem ser observados.
Poucos sabem, mas um derrame pode levar a alterações na visão, com vista embaçada ou visão dupla, em um ou ambos os olhos. Também pode ocorrer anormalidades na forma como os olhos se movem.
Outro sinal é a perda de coordenação e/ou sensação de tontura de início agudo. Isso preocupa os especialistas, principalmente por elevar, significantemente, o risco de quedas.
Algumas pessoas podem ainda apresentar náuseas e vômitos súbitos ou sentir-se muito cansadas.
Outras, que sofrem um AVC hemorrágico, podem desenvolver uma dor de cabeça súbita e intensa, que também pode ser o único sintoma.