Não sou supersticioso nem militante religioso. Não carrego trevo de quatro folhas nem pé de coelho e não faço pregação. A mim soaria hipócrita. Mas não deixo de ficar admirado com o que aconteceu com a cantora e apresentadora Ivete Sangalo depois do episódio com Baby do Brasil no Carnaval soteropolitano onde as duas baianas protagonizaram um episódio de enfrentamento curioso.
Ao confrontar a cantora de Barrados No Baile ao dizer que "Não tem Apocalipse que resista a Macetando", a baiana do domingo da Globo viveu o seu próprio Apocalipse.
Depois de contrapor sua canção ao livro do apóstolo João, Ivete teve grandes problemas com seu trio elétrico. Primeiro, a explosão de um cilindro de gás carbônico que quase incendeia todo o trio. Depois, uma inclinação do trio que se projetou contra os foliões chegando a feri-los ao imprensá-los contra a grade de segurança do corredor momesco. Para completar, os foliões reclamaram dos cuidados que receberam.
Ivete chegou a chorar no Circuito Dodô (Barra-Ondina) e dizer que não desfilaria mais no Bloco da Coruja. Em 16 anos de existência, nunca havia ocorrido acidentes e incidentes desse tipo.
O que a cantora nem sequer imaginava - ela que parece ter uma saúde de ferro - é que contrairia uma pneumonia após a maratona carnavalesca. Pensando estar acometida por uma virose, Ivete descobriu que estava com a infecção pulmonar e foi internada quinta-feira (23.02) para tratar da saúde respiratória.
Coincidentemente, a internação da baiana se deu no mesmo dia em que participaria do Navio da Xuxa, um evento de outra artista que também criticou veementemente a performance religiosa de Baby no Bloco da Coruja.
Ontem (24.02), Ivete Sangalo comunicou em suas redes sociais que teve alta hospitalar. Mas, embora se restabeleça sua saúde - essa é a torcida da população brasileira -, a Veveta não esquecerá o Carnaval de 2024 quando, após macetar o Apocalipse, foi macetada por ele. Ou não, como diria o seu conterrâneo Caetano Veloso. O fato é que após agito e aterrisagem forçada no leito hospitalar, a cantora não pipocou.
O Apocalipse (13:1-3) faz menção a uma besta que trazia em suas cabeças o nome da blasfêmia e que foi seguida por um mundo maravilhado. Mas, é claro, esse não é o caso.