Anteriormente, a taxa havia estado nesse nível apenas em maio do ano passado. Na ocasião o BC estava promovendo um ciclo de ajuste monetário na economia por conta dos efeitos da pandemia.
A decisão desta quarta-feira já era esperada. No texto publicado pelo COPOM para anunciar a redução, o comitê afirma ter conservado maior resiliência do que o anteriormente o esperado, mas antecipa uma desaceleração da economia dos próximos trimestres.
“As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,9%, 3,9% e 3,5%, respectivamente”, diz o comunicado.
O COPOM ainda destacou a importância de execução das metas fiscais já estabelecidas pelo governo para que haja a ancoragem de expectativas da inflação. “O Comitê reforça a importância da firme persecução dessas metas”.
Além disso, o comitê afirma entender que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025.
“O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, diz o texto.
O Copom afirma que, se a expectativa para o cenário se confirmar, novas reduções da taxa Selic de mesma magnitude devem ocorrer nas próximas reuniões.
“Esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, informa o comunicado.