A previsão é feita pela ABICPM (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) e pela Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes).
Além disso, está previsto outro aumento para outubro, e em janeiro de 2024 a cobrança integral do PIS/Cofins sobre diesel e biodiesel será restabelecida. No entanto, o Ministério da Fazenda informou que o retorno dos tributos será em outubro.
O governo de Jair Bolsonaro concedeu a isenção dos impostos federais sobre os combustíveis em 2022.
Contudo, em fevereiro deste ano, o petista Lula da Silva decidiu prorrogar a desoneração para a gasolina e o etanol até março, e até o final de dezembro para o diesel.
Entretanto, para compensar a perda de arrecadação devido ao aumento no programa de incentivos para carros zero-quilômetro, que ocorreu em junho, o governo federal reverteu parcialmente a desoneração do diesel, que deveria vigorar até o final do ano.
Dos R$ 0,35 referentes ao PIS (Programa de Integração Social) e à Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que atualmente estão zerados, R$ 0,11 serão reonerados em setembro, após o período de noventena, que é o prazo de 90 dias determinado pela Constituição para o aumento de contribuições federais. Com a prorrogação, a reoneração será de R$ 0,14 em outubro.
De acordo com o cálculo da ABICOM, os aumentos do diesel ocorrerão da seguinte forma:
Em relação aos preços nas bombas, o diesel S-10, o mais vendido do país, registrou o quarto aumento consecutivo na última semana. Os dados estão de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Posteriormente a dois reajustes nos preços médios nas refinarias, o combustível aumentou 19% em duas semanas, chegando a uma média nacional de R$ 6,05 por litro. Já o diesel comum estava em R$ 5,93 por litro na última semana.
O retorno dos impostos sobre a gasolina e o etanol em março e junho teve impacto na inflação. Em julho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ganhou força e avançou 0,12%.
A gasolina, que é o item com maior peso no índice, foi o produto que mais influenciou o aumento da inflação, variando 4,75% no mês.
De acordo com o IBGE, o aumento de julho reflete a reoneração, com a volta da cobrança integral do PIS e da Cofins na gasolina e no etanol.
O vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Marcio Milan, afirmou que os produtos alimentos perecíveis devem aumentar. A expectativa é de um reajuste inicial de preços entre 5% e 8% já em setembro em função dos aumentos do diesel.
Contudo, a expectativa é ainda pior para janeiro, quando o aumento do diesel será ainda maior. O diesel representa cerca de 50% dos custos operacionais dos produtores. O impacto deverá ser maior sobre os mais pobres.