“Eu espero que o parlamento analise com muito carinho esse processo. Evidentemente, cidades super pacatas e tal, tem que olhar sob a realidade lá e eventualmente pode ser liberado em pequenas cidades, na minha percepção. Porém, grandes cidades, trânsitos conturbados, eu creio que seria muito perigoso”, afirmou o ministro de Lula em entrevista à CNN.
Marinho disse que o Governo Lula que é “plenamente” favorável a um veto ao serviço de mototaxi vindo do Congresso Nacional. A medida pode gerar uma grande diminuição na oferta de trabalho no mercado brasileiro, pois a profissão de mototáxi tem maior demanda exatamente nas grandes cidades.
O discurso do governo petista é o mesmo dos prefeitos Ricardo Nunes (MDB) e Eduardo Paes (PSD), de S. Paulo e Rio, respectivamente. Eles decidiram impedir que empresas de aplicativos operem o mototáxi em suas cidades. Uber e 99 recuaram e pararam de oferecer o serviço em S. Paulo.
Luiz Marinho comemorou a atitude dos prefeitos: “Seria uma irresponsabilidade autorizar transporte de pessoas em motos, ou seja, os profissionais que já trabalham nesses trânsitos tão perigosos, como é o caso de São Paulo e do Rio de Janeiro, para fazer entrega de mercadoria, é o maior índice de acidente que ocorre nas grandes cidades, portanto, colocar um passageiro na traseira de uma moto seria uma grande irresponsabilidade, na minha avaliação. Por isso, eu creio que os prefeitos estão corretíssimos”, disse.
Marinho parece decidido a dificultar o acesso ao trabalho através de aplicativos. Conforme mostramos, o ministro lulista afirmou que não está preocupado se Uber e outros aplicativos deixarem o país. E que, se isso acontecer, os Correios poderiam substituí-los.
O ministro e os prefeitos não explicaram como essa modalidade de transporte será proibida em comunidades pobres, sobretudo onde há ladeiras íngremes e a modalidade é fundamental para a locomoção.