Para 2022, a estimativa para alta do IPCA - índice de inflação oficial - foi reduzida pela 13ª semana seguida, de 6% para 5,88%, reflexo das desonerações patrocinadas pelo governo para baixar combustíveis e energia e também do recuo dos preços da gasolina. Há um mês, a projeção era de 6,70%. Em relação a 2023, a mediana recuou pela sexta semana consecutiva, de 5,01% para 5,00%, contra 5,30% quatro semanas antes.
Já a mediana para o IPCA de 2024 interrompeu a sequência de altas semanais e ficou estável em 3,50%, contra 3,41% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3%, porcentual estável por 63 semanas.
Apesar da melhora considerável nas últimas semanas, as medianas divulgadas na Focus continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta, após o descumprimento do mandado do BC em 2021, com o IPCA de 10,06%.
O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Já para 2024 e 2025, a meta é de 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom da semana passada, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,8% para 2024. O colegiado interrompeu o ciclo de aperto monetário após 12 altas consecutivas na taxa básica de juros.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro ampliaram a projeção de queda para o IPCA de setembro, de 0,11% para retração de 0,15%. Um mês antes, o porcentual projetado no Boletim Focus era de alta de 0,33%.
Para outubro, a projeção de alta do IPCA no Focus cedeu de 0,41% para 0,37%, ante 0,53% há quatro semanas. Para o índice de novembro, a estimativa de aumento continuou em 0,50%, de 0,51% um mês antes.
A estimativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses desacelerou, de alta de 5,10% para 5,09% - há um mês, estava em 5,59%.