A Secretaria do Tesouro Nacional informou, nesta terça-feira, 30, que as contas do governo federal registraram um superávit primário de R$ 19,3 bilhões em julho deste ano. Trata-se do melhor resultado em 11 anos.
O superávit primário ocorre quando as receitas do governo superam as despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há déficit.
No primeiro semestre, o governo já havia tido um superávit de R$ 53,6 bilhões. Com os números de julho, o resultado acumulado em 2022 ficou ainda mais expressivo — R$ 73,1 bilhões.
Segundo o governo, o saldo deste ano foi puxado pela arrecadação recorde em julho. A receita com impostos e contribuições atingiu R$ 202,6 bilhões. Parte dessa arrecadação foi impulsionada pela alta da cotação do petróleo.
As despesas totais registraram queda, em comparação com julho do ano passado. Parte dessa diminuição é explicada pela menor despesa previdenciária e pela redução nas despesas de pessoal e encargos. Há ainda o fato de, no ano passado, o governo ter gastado em julho R$ 20,7 bilhões com despesas extraordinárias relacionadas à pandemia de covid-19.