A Argentina registrou a maior inflação para julho entre os países da América Latina. O índice subiu 7,4% no mês.
O país passa por uma grave crise financeira. A população perdeu poder de compra de forma acentuada nos últimos meses e o peso argentino teve recordes de desvalorização frente ao dólar durante o 1º semestre de 2022.
A inflação argentina superou em julho a inflação da Venezuela, que foi de 5,3%, segundo o Observatório Venezuelano de Finanças, uma consultoria sem vínculo com o governo de Nicolás Maduro.
No mesmo período, o Brasil foi o único da América Latina a ter deflação. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu 0,68% em julho. Essa foi a maior redução de preços mensal da história.
Apesar da inflação da Argentina ter superado à da Venezuela no último mês, o índice de preços do país está abaixo se considerado o acumulado de 12 meses. Chegou a 71%, enquanto da Venezuela é de 139%.
O Brasil fica em 6º na lista, atrás ainda do Chile (13,1%), Paraguai (11,1%) e Colômbia (10,2%).
A inflação da Argentina chegou a 71% no acumulado de 12 meses. Está atrás somente da Turquia (79,6%) no grupo de países mais ricos. Depois deles, a Rússia aparece com 15,1%, na 3ª posição. O Brasil é o 5º colocado, com 10,1%.
Para controlar a inflação, a Argentina elevou a taxa para 69,5% ao ano, superando a Venezuela (57,37%). O Brasil está em 10ª posição, com 13,75%.