Criado em 2003 pela Câmara de Diretores Lojistas (CDL) Jovem de Belo Horizonte, a ideia se espalhou rapidamente e hoje o movimento toma todo o Brasil. O dia varia conforme o ano, mas fica sempre entre o final de maio e o começo de junho, pois, segundo a CDL, os cinco primeiros meses correspondem ao que o brasileiro paga de impostos anualmente.
O objetivo do movimento é denunciar o excesso da carga tributária, já que o retorno ainda não corresponde aos impostos que são pagos. Mesmo com a pandemia, o governo federal conseguiu realizar uma excelente política de infraestrutura construindo equipamentos de ponta e de peso e recuperando e duplicando BRs, o que não aconteceu em relação a governos de vários estados brasileiros que colocam o preço do ICMS sobre os combustíveis nas alturas.
É mentira dizer que o Brasil é o país que mais paga impostos no mundo. Em verdade, ele não está nem entre os 20 primeiros. No pódio do ranking estão Dinamarca, Finlândia e Bélgica. A diferença é que nesses países o retorno dos impostos é bem visível tanto em nível federal como nas unidades federativas.
Hoje (02.06) será o dia em que os brasileiros saberão dos preços dos produtos sem impostos. Inúmeros produtos estão incluídos nessa relação que vai da gasolina até o chope. Os estabelecimentos comerciais aderem ao DLI espontaneamente. Portanto, cabe a você, em seu município, saber quais as empresas que estarão vendendo os produtos com isenção de impostos e, portanto, a valores até 40% mais baratos.
A construção do Dia Livre de Imposto começa já em fevereiro. E o consumidor pode ficar despreocupado em relação ao caráter legítimo do movimento, pois o imposto não é sonegado e sim realocado do consumidor para o empresário. É, pois, um legítimo e agradável movimento de informação e tomada de consciência onde quem sai lucrando é o orçamento do cidadão.