O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 14, que vai determinar ao ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, o fim da bandeira de escassez hídrica a partir do mês que vem.
Em setembro, o governo implementou a nova bandeira tarifária, em caráter excepcional, que representa um aumento de quase 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2, que estava sendo aplicada no mês anterior.
Em um evento evangélico em Brasília, Bolsonaro celebrou as recentes chuvas no centro-sul e afirmou que o país estava na “iminência de um colapso”, mas o governo não podia “transmitir pânico para a sociedade”.
“Dói a gente autorizar o ministro Bento, das Minas e Energia, ‘decreta bandeira vermelha’. Dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou pedir para ele, pedir não, determinar que ele volte a bandeira ao normal a partir do mês que vem”, disse.
O sistema elétrico usa um sistema de bandeiras (verde, amarela e vermelha) para indicar necessidade de sobretarifa para compensar elevação dos custos de geração com o acionamento de termelétricas.
Quando a bandeira de escassez hídrica foi criada, era previsto que ficasse em vigor até 30 de abril de 2022. Clientes de baixa renda não foram afetados pela medida e seguem pagando a bandeira vermelha 2.