Desde que assumiu o poder, a taxa de pobreza caiu, na Argentina, de 55% para 38,9%, graças ao forte aumento dos salários reais. Além disso, o crescimento do emprego acelerou, resultando em uma queda na taxa de desemprego, de acordo com El Economista.
Em um relatório publicado pelo Banco da Espanha no último mês de março, a instituição reconhece que as variáveis financeiras da Argentina melhoraram com o plano de ajuste implementado por Milei.
A análise do Banco da Espanha destaca que os cortes nos gastos públicos de Milei, reduzindo-os em um terço com sua famosa motosserra como símbolo, conseguiram fazer que a inflação baixasse de 25% em dezembro de 2023 para 2,2% em janeiro de 2025, de acordo com El Economista.
E Milei não apenas reduziu a inflação, como também estabilizou o dólar. "Estamos saindo com sucesso do i n f e r n o", declarou. O país passou de um déficit fiscal para um superávit, um cenário raramente visto até então.
"A explicação é relativamente simples: os diferentes governos gastaram mais do que arrecadaram, e esse excesso de gastos foi financiado pela impressão de papel-moeda, ou seja, pela emissão de dinheiro, porque ninguém mais empresta dinheiro à Argentina", explica um economista à BBC.
Diante de uma dívida acumulada tão alta, Milei optou por resolver o déficit do Tesouro e do Banco Central cortando os gastos públicos para níveis historicamente baixos. "Ninguém sabia como resolver, e nós resolvemos em seis meses. Fizemos algo que parecia impossível, possível", comemorou o presidente argentino.
Outra medida bem-sucedida de Milei foi a liberalização do mercado de aluguel. A oferta de moradias dobrou e os aluguéis caíram 20%. Seu antecessor optou por controlar os preços e interromper os despejos, o que resultou em menos oferta e preços mais altos, explica El Debate.
O Banco da Espanha também elogiou a flexibilidade do mercado de trabalho e a aprovação de uma lei que favorece o investimento. Entretanto, alerta de que consolidar os avanços exige mais reformas fiscais e tornar o gasto público mais sustentável, publicou o El País.
Por outro lado, José Luis Escrivá, governador do Banco da Espanha e ex-ministro de Inclusão, Segurança Social e Migrações do atual governo da Espanha, criticou duramente as propostas de Milei, chamando-as de extrema direita e contrárias aos direitos dos cidadãos.