Na manhã de quinta-feira (20,.02), em entrevista à Rádio Tupi FM, Lula voltou a dizer que o povo voltará a comer picanha. Segundo ele, para alcançar tal feito, fará uma reunião com os atacadistas para encontrar soluções. Só não apontou que soluções seriam essas.

Ao mesmo tempo, através da Portaria 1.244 do Ministério da Agricultura e Pecuária, cujo titular da pasta é Carlos Fávaro (PSD-MT), determina que os ovos a granel - esses vendidos em bandejas plastificadas - venham com data de validade e número de inscrição do produtor impressos nas cascas.

Tomando um caminho oposto ao governo Bolsonaro que através da Lei de Liberdade Econômica desburocratizou e reduziu custos para a produção, o comércio e o setor de serviços, o governo Lula, com essa medida, onera a produção avícola atingindo principalmente os pequenos e médios produtores que terão que comprar equipamentos caros - os que conseguirem, evidentemente - e, consequentemente, repassar a oneração desses custos adicionais ao preço do produto.

Por outro lado, as grandes empresas do ramo agradecem, pois a oneração de pequenos e médios facilita ainda mais a sua já estabelecida hegemonia. Esse é o caso da Mantiqueira, maior empresa avícola do País que recentemente foi comprada pela JBS, empresa que está no epicentro da corrução dos governos Lula e Dilma e Lula.

Essa conversa do Lula de resolver um grande problema em uma outra conversa já conhecemos. Antes de ser levado à presidência com o apoio do TSE, o agora presidemente disse que resolveria a Guerra da Ucrânia em uma conversa regada a cerveja na mesa de um bar. Uma vez no poder, o bebum do Palácio do Planalto não consegue sequer resolver a guerra interna que existe dentro do PT.

Esse é o Lula sendo o Lula. Promete o irrealizável ao mesmo tempo em que toma as providências para que a realização das promessas não aconteça.

E enquanto Lula come escargot e arenque bebendo Chandon, o povo brasileiro fica pensando se voltará a comer ovo no café da manhã.