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Economia

Temos avalanche de aço chinês, diz presidente do Instituto Aço Brasil à CNN

Publicada em 13/02/25 às 03:25h - 66 visualizações

CNN Brasil


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Temos avalanche de aço chinês, diz presidente do Instituto Aço Brasil à CNN
 (Foto: Fotomontagem/Fábio Souza Tavares)
O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, expressou preocupação sobre o impacto das importações chinesas no setor siderúrgico nacional durante entrevista ao CNN 360° desta quarta-feira (12). Lopes alertou que o Brasil já enfrenta uma "avalanche de aço chinês", mesmo antes das potenciais consequências das medidas protecionistas dos Estados Unidos. 

Segundo Lopes, o Brasil importou 4,8 milhões de toneladas de aço no ano passado, majoritariamente da China, o que representa 16% da produção nacional e 23% das vendas internas. "É inaceitável, é um absurdo", afirmou o presidente.

Excesso de capacidade global

O executivo destacou que o cenário internacional siderúrgico apresenta um excesso de capacidade de produção de 560 milhões de toneladas, enquanto a capacidade brasileira é de apenas 51 milhões de toneladas. Esse desequilíbrio global tem levado a práticas protecionistas e uma "escalada gigantesca da turbulência" no mercado.

Lopes enfatizou que a China não tem uma política de exportação limitada a empresas específicas, mas sim uma "política de Estado" direcionada ao Brasil. Ele argumentou que o país asiático já pratica "práticas predatórias" no mercado brasileiro.

Impacto das medidas dos EUA

Quanto às medidas protecionistas dos Estados Unidos, como a taxação de 25% para importações de aço e alumínio imposta por Donald Trump, Lopes reconheceu que o fechamento do mercado americano pode agravar a situação. No entanto, ressaltou que os EUA já vinham implementando tarifas contra as importações chinesas.

O presidente do Instituto Aço Brasil concluiu enfatizando a necessidade urgente de ajustar o sistema de defesa comercial brasileiro. "Esse mundo está de cabeça para baixo, vai piorar em função das decisões tomadas pelo governo americano", alertou Lopes, defendendo uma defesa comercial "bastante ajustada, ágil, célere" para proteger a indústria siderúrgica nacional.



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