O ministério e a Âmbar afirmam que os encontros não se relacionavam à medida provisória, mas não informaram o conteúdo das reuniões, conforme reportado pelo jornal Estado de S. Paulo.
As reuniões aconteceram entre junho de 2023 e maio deste ano, com os executivos da Ambar se encontrando com o ministro Alexandre Silveira, o secretário-executivo Arthur Cerqueira, o secretário nacional de Energia Elétrica Gentil Nogueira e o ex-secretário-executivo Efrain Cruz.
A última reunião foi em 29 de maio, uma semana antes de a medida provisória sair do ministério e ir para a Casa Civil, entre Silveira e o presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta.
Nenhum desses encontros consta na agenda oficial e pública de Alexandre Silveira. O ministro também recebeu o executivo em 21 de maio.
Os registros foram revelados após um pedido de acesso à informação e questionam a transparência do processo. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) destacou a falta de transparência e lisura, afirmando que as reuniões e a rápida aprovação da medida levantam sérias questões.
O ministro Alexandre Silveira classificou o benefício à empresa dos irmãos Batista como “mera coincidência” após a publicação da medida provisória. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por investigar a negociação.
A medida provisória prevê recursos para apoiar a Amazonas Energia, permitindo que a distribuidora pague termelétricas adquiridas pela Âmbar da Eletrobras, com os custos sendo repassados aos consumidores por até 15 anos na conta de luz.