Em 2016, a Venezuela foi suspensa do bloco após o país não cumprir as obrigações assumidas quando se incorporou ao Mercosul, em 2012.
A votação nesta terça foi simbólica (quando não há contabilização dos votos). Os senadores Cleitinho (Republicanos-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE) registraram votos contrários ao texto. A matéria não precisa ser sancionada, vai direto para a promulgação --ou seja, precisa apenas passar por procedimentos burocráticos para passar a valer.
O protocolo foi celebrado em Brasília em julho de 2015, mas foi votado pela Câmara somente no último dia 24 de outubro e na comissão de Relações Exteriores do Senado na semana passada.
O relator da matéria, Chico Rodrigues (PSB-RR), afirmou em seu parecer que o ingresso da Bolívia "já é há muito tempo esperado e dará impulso à integração regional".
"Não menos importante, é a abertura ou ampliação de mercado para as empresas brasileiras, com a possibilidade de uso de energia mais barata, a lembrar que Brasil e Argentina já são os principais parceiros comerciais da Bolívia", diz o senador no documento.
Após a aprovação do protocolo, o plenário votou um requerimento proposto pelo senador Cid Gomes (PDT-CE) que cria uma comissão temporária (formada por cinco membros) para, no prazo de 180, verificar in loco a situação política e social da Bolívia. Ele também foi aprovado de forma simbólica.
Líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comemorou a votação da matéria em publicação nas redes sociais, afirmando que o presidente Lula (PT) havia se comprometido, ainda durante a campanha presidencial, a acelerar a entrada do país vizinho no Mercosul.
"A entrada da Bolívia vai abrir e ampliar o mercado para empresas brasileiras, gerando mais emprego e oportunidades de comércio, além de fortalecer ainda mais a integração de países da região amazônica e as possibilidades de investimento em infraestrutura na região", escreveu.