A Câmara Municipal juazeirense, através da CPI que investiga a limpeza pública do Município, escutará logo mais, a partir das 9 h, o Secretário Diogo Machado, titular da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos (SEMASP), o proprietário da Revert Pró Ambiental, o senhor Adson Peixoto, e o presidente da Comissão de Licitação da Prefeitura de Juazeiro do Norte, Uelton de Souza Cardoso. O caso se refere ao contrato firmado entre a empresa e o Município para a prestação de serviços na área de limpeza pública: recolhimento e destinação do lixo doméstico, poda e capinação.
A empresa foi contratada sem licitação, o que já foi considerado ilegal pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e, para piorar, foi apresentada como vencedora de um processo de consulta de preços dias antes do chefe da Comissão de Licitação lançar a dispensa de licitação.
Desde o começo do mandato, o governo Glêdson Bezerra está tropeçando no problema da limpeza pública sendo, inclusive, acusado de querer direcioná-la para o empresário Gilmar Bender, o homem que bancou a sua campanha a prefeito e que criou o caixa 2 que ensejou a cassação do prefeito e do vice. Aliás, parece não ser coincidência o fato do Secretário Diogo Machado ser genro do empresário patrocinador.
Querendo livrar-se da MXM, Glêdson Bezerra lançou edital de licitação para a contratação de uma nova empresa, em março. Tal edital, entretanto, foi rechaçado pelo TCE por ter uma cláusula que não permitia a participação de consórcios no certame. Ora! A quem interessaria essa cláusula?
Contratada sem licitação e em situação suspeita, a Revert hoje será ouvida pelos parlamentares juazeirenses, como também o Secretário - que incorreu em crime de improbidade administrativa - e o presidente da Comissão de Licitação que terá que explicar porque lançou o edital de dispensa de licitação contrariando o posicionamento do TCE.