Juazeiro do Norte tem vários problemas crônicos. Um deles é o das placas com os nomes das ruas apagadas. Além de ainda ter muitos quarteirões sem as placas, ainda tem o problema do "sumiço" dos nomes, o que dificulta muito a localização dos transeuntes, pois nem todas as pessoas têm acesso a um GPS.

E mesmo que tivessem, toda a cidade deveria ter o nome de suas vias em uma placa em cada parede dos vértices das ruas e das avenidas para facilitar o dia a dia das pessoas.

Durante o governo Dr. Santana (PT), muitas placas foram colocadas, mas parecem que foram pintadas com giz. Os nomes rapidamente se apagaram. No governo Zé Arnon (então PDT) foram colocadas umas placas bonitas. Parecem-me de acrílico. Mas em pequena quantidade.

O problema das placas apagadas é tão visível que moradores da Rua Raimunda Alves de Sousa, no Tiradentes, resolveram improvisar uma placa de madeira e fixá-la em uma esquina.

O governo Glêdson Bezerra (PODE), que se tem notabilizado por melhorar a mobilidade espacial urbana, deve atentar para essa situação. Uma parceria entre o público e o privado poderia avançar na resolução desse problema e dotar as nossas vias, ruas e avenidas, de placas nominativas. Tornar-se-ia mais fácil a vida de alguém que procura um número de residência na Rua Fiscal Vieira ou na Rua John Lennon.

E por falar em número de residência, eis outro problema. Em alguns bairros periféricos fica difícil para pedestres encontrarem o número do endereço que procuram - Imagine para motoristas de transporte semipúblico! - simplesmente porque a numeração das casas é desordenada, ou seja, não respeita a sequência lógica.

Se o número de uma casa é 179, a outra já apresenta o número 471 e, um pouco mais à frente, pode-se encontrar uma com o número 145. Como diria minha tia velha que nasceu morta, uma falta de esculhambação.

Alie-se a isso o fato da numeração não corresponder à metragem percorrida. Em um quarteirão onde as casas têm 7 m de frente, os números de uma para a outra aumentam apenas 4 dígitos causando uma incompatibilidade entre a distância real e a numeração estabelecida.

Esses não são problemas que prejudicam o andamento regular da cidade, como acontece com as chuvas torrenciais que nos impedem o acesso ao Crato e à Barbalha. Mas são questões inerentes à urbanidade que dificultam a nossa percepção e a nossa orientação geográficas. Portanto, problemas para serem resolvidos.