A Prefeitura de Juazeiro do Norte, por meio da Secretaria de Infraestrutura, concluiu recentemente o asfaltamento da Rua Projetada 13, no bairro Betolândia. A obra trouxe melhorias significativas para a comunidade, facilitando o tráfego de veículos e elevando a qualidade de vida dos moradores. No entanto, pouco tempo após a conclusão, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) realizou a abertura de buracos na via recém-pavimentada, justificando a necessidade de uma nova ligação de água. Essa situação não é exclusiva desse bairro: moradores de outros pontos da cidade reclamam de casos muito semelhantes.
A obra de pavimentação foi realizada entre os dias 12 e 14 de agosto, e, já no dia 14, a Cagece iniciou os trabalhos de abertura de buracos na via. Além de causar danos ao asfalto recém-finalizado, a empresa tem sido alvo de críticas devido ao desperdício de água causado por vazamentos não consertados, como no bairro Horto. Moradores relatam que, enquanto a água é desperdiçada nas ruas, o abastecimento em suas residências é insuficiente.
"Durante o dia, falta água, e à noite, quando finalmente chega, a rua fica alagada. É um desperdício constante!", afirmou Eliene da Silva, dona de casa e moradora do bairro Horto.
A Prefeitura de Juazeiro do Norte notificou a Cagece sobre os danos causados, e a empresa afirmou, em nota, que apenas após dois dias, o reparo foi realizado na Rua Projetada 13.
Situações como esta também têm gerado grande insatisfação entre os motoristas, especialmente em ruas de grande fluxo de tráfego, como a Rua São Paulo, localizada no Centro da cidade. A abertura de buracos em vias importantes, incluindo a estrada que liga vários sítios, como Sítio Catolé, Vila Planalto e Sítio Leite, também tem causado transtornos, agravando as dificuldades enfrentadas pelos moradores dessas áreas.
A insatisfação com a Cagece não se limita aos problemas de infraestrutura. Recentemente, o vereador Rafael Nascimento (PODE) denunciou, na Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte, que a empresa estaria praticando preços abusivos contra a população. No Sítio Sabiá, contas de água que antes giravam em torno de R$ 20,00 subiram para valores exorbitantes, como a cobrança de R$ 11 mil para um único morador. Esta situação tem causado grande transtorno para a comunidade, obrigando os trabalhadores a perderem tempo e recursos tentando resolver problemas criados pela própria empresa.
Os acontecimentos envolvendo a Cagece, em Juazeiro do Norte, têm gerado grande preocupação entre os moradores e autoridades locais. A empresa enfrenta denúncias de práticas abusivas, além de críticas por sua atuação em obras de infraestrutura que têm prejudicado a população.