O final do mês de setembro deixou bem claro as diferenças entre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a atual Janja. Não só na forma de agir, de falar, de se vestir e de pensar, mas também na forma que a população brasileira enxerga essas duas protagonistas. As diferenças, realmente, mostram um fosso entre a elegância respeitosa de Michelle e o deslumbre debochado de Janja.
Michelle sempre foi acolhida pelo povo brasileiro por sua boa conduta, sua elegância criteriosa, seu respeito, solidariedade e resolução dos problemas e sofrimentos da população, seu decoro e sua capacidade de falar com emoção, sua atitude discreta e comedida, sua dedicação e doação às causas das pessoas com transtornos e deficiências.
Janja, ao contrário, é detonada nas redes sociais por sua postura extravagante e sua efusividade insensível, seus lookes esteticamente desastrosos e seu insaciável desejo de gastança com dinheiro do povo. Tal comportamento já lhe rendeu incontáveis memes onde a primeira-dama é chamada de Canja e de Esbanja.
Insensível e antiempática em relação ao sofrimento do povo a quem deveria representar, Janja foi pular Carnaval em Salvador enquanto a população do litoral norte paulista sofria com mortes e perda das residências. Nessa mesma pisada, saltitou alegre e freneticamente na Índia quando a população gaúcha padecia com a desgraça de um cataclisma.
Essa postura superficial, arrogante, frívola e fútil de Janja não passou despercebida na última quinta-feira (28.09), em Lajeado, município gaúcho, quando um grupo de mulheres concentradas em frente à unidade da Caixa Econômica Federal onde a primeira-dama dava uma entrevista gritou unissonamente o nome de Michelle em uma manifestação pacífica e bem intencionada.
No mesmo município, Janja foi vaiada, quando saía pela porta dos fundos do hotel para despistar a indignação da população local, e ainda foi xingada de bandida e bruxa.
Lajeado é um dos 70 municípios assolados pelo ciclone extratropical e pelas chuvas torrenciais que destruíram boa parte do Rio Grande dos Sul.
Já Michelle Bolsonaro foi recebida por carinho onde passou em Fortaleza, capital cearense, quando esteve neste final de semana para o Encontro do PL Mulher, acompanhada do marido Jair Bolsonaro.
No encontro, posicionou-se contra a legalização das drogas, em defesa da família e contra a descriminação do aborto chamando o voto de Rosa Weber de "legado da morte". Criticou o retrocesso do atual governo Lula em relação a todas as conquistas dos surdos durante o governo Bolsonaro.
Michelle também não esqueceu de falar da vocação turística da atual primeira-dama lembrando de quão era solene e sensata a sua conduta de quando ocupava o mesmo cargo: "Eu cheguei como primeira-dama, e eu já sabia no meu coração que eu não queria ser boneca, enfeite, ou uma viajante, turista. Não era isso que eu queria. Nós temos consciência do dinheiro público".
Em 16 de março deste ano, uma pesquisa do Instituto QualiBest escolheu Michelle como a segunda mulher mais admirada do País, só perdendo para a atriz Fernanda Montenegro.
Janja faz um caminho contrário e, quiçá, acabe este ano como a mulher mais odiada do Brasil. Quem sabe a segunda.