Lula chegou a Fortaleza na última quinta-feira, vindo do Aeroporto Regional Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, para participar, no Banco do Nordeste do Brasil S. A. (BNB), da comemoração dos aniversários do Crediamigo e do Agroamigo. De Fortaleza, esticou até Natal e Luís Gomes, interior do estado potiguar.
Tanto no Ceará como no Rio Grande do Norte, o povo não participou da recepção ao presidente. Lula foi recebido somente por políticos petistas e de sua base de sustentação.
Em Fortaleza, dois pré-candidatos à Prefeitura foram recepcionar Lula e sua comitiva que também contava com as presenças do ministro da Educação Camilo Santana (PT-CE) e do deputado federal Guimarães (PT-CE). Luizianne Lins, deputada federal pelo PT cearense, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará Evandro Leitão (ainda no PDT) foram posar para fotos ao lado do presidente.
Em Fortaleza, o discurso de Lula foi dominado pela crítica à taxa de juros e ao presidente do Banco Central Roberto Campos Neto. Lula só esqueceu de citar que ele mesmo, em seu primeiro mandato presidencial, elevou a taxa de juros para mais de 26%, ou seja, o dobro do que é hoje.
Para não dizer que a viagem de Lula não foi somente para fazer discursos vazios e demagógicos, o presidente falou novamente na criação de uma unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) na capital cearense. Inclusive o ministro José Múcio (PTB-PE) aproveitou a presença em Fortaleza para visitar as instalações da Base Aérea da capital dando aval ao prédio para a vinda do instituto. A população cearense espera que não fique só na promessa como foi o malfadado caso da refinaria.
Em Natal, a recepção do presidente Lula, assim como em Fortaleza, não teve o calor do povo. Em contrapartida, populares se manifestaram próximo ao Viaduto de Ponta Negra, na Zona Sul, com a presença do Pixuleco, boneco de Lula presidiário. Os carros passavam no local buzinando e se ouvia gritos de "Lula ladrão".
No Rio Grande do Norte, Lula falou em trazer as águas do São Francisco para o estado, mas também esqueceu de dizer que, em seu governo e no governo Dilma (PT), a transposição ficou parada por uma década gerando bilhões de prejuízos à população brasileira até ser resgatada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O Pixuleco voltou. O problema para Lula será se virar moda novamente.