O tenente-coronel André Luis Cruz Correia foi exonerado no dia 10 de agosto. Ele fazia parte da equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que cuidava da segurança de Lula desde o dia 4 de julho. Antes, era diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial, nomeado em abril.
As informações foram publicadas pelo g1. Em nota, o GSI afirmou que “considera o assunto solucionado”.
Como mostrou o colunista do GLOBO, Lauro Jardim, o militar fez ao menos seis viagens nacionais e internacionais na equipe do governo. Em cinco delas, acompanhou Lula.
O Palácio do Planalto teria sido avisado pela Polícia Federal da participação do segurança no grupo. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, estava entre os integrantes.
Este é o segundo caso envolvendo Cid e agentes da segurança de Lula. E-mails do militar enquanto fazia parte da ajudância de ordens e que estão em posse da CPI do 8 de janeiro mostram que Cid continuou recebendo informações do GSI sobre viagens realizadas pelo presidente Lula até o dia 15 de março de 2023, quando já não fazia mais parte do governo.
Procurado, o Exército diz que "nomeações e exonerações de funções são rotineiras dentro da Instituição, as quais visam empregar os recursos humanos nas atividades para as quais estejam habilitados".
"No caso em questão, houve uma troca direta com um militar que trabalhava no Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) e foi destinado ao GSI. Cabe ressaltar que diversos órgãos, ainda que separados fisicamente, compõem o Gabinete do Comandante do Exército. A Instituição segue à disposição dos Órgãos que apuram os fatos, a fim de contribuir com as investigações em curso, sendo que quaisquer esclarecimentos solicitados serão prestados exclusivamente aos mesmos".