“Não podemos permitir que pesquisas com metodologias erradas sirvam de base para a construção de políticas públicas“, declarou Hélio Lopes, ao protocolar um requerimento de criação da CPI das Pesquisas da FIOCRUZ.
De acordo com o parlamentar, é de fundamental importância apurar a veracidade das pesquisas sobre drogas, realizada pela instituição, no Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada quando a atual Ministra da Saúde, Nísia Trindade, presidia a fundação, sediada no bairro de Manguinhos, no Rio.
“As pesquisas tiveram metodologias irregulares, o que gerou um prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos. Diante desse cenário, se faz indispensável que esta Câmara dos Deputados, investida pela Constituição Federal de poder fiscalizatório, por meio da criação de Comissão Parlamentar de Inquérito, na qualidade de legítima representante da população brasileira, investigue de forma aprofundada o desperdício de recursos públicos pela referida entidade na realização de importante pesquisa, que embasaria a formulação de políticas públicas a respeito do uso de drogas”, explicou Hélio Negão.
Além disso, Hélio destaca que “é preciso que a Câmara dos Deputados averigue a ausência de utilização de metodologia adequada também em outras pesquisas realizadas pela referida entidade, inclusive sob a responsabilidade da Sra. Nísia, de modo a garantir que os recursos públicos destinados à Fiocruz para a realização de pesquisas sejam empregados em conformidade com o ordenamento jurídico”.
Entretanto, o requerimento ainda busca apoios de outros deputados. Nas suas redes sociais o deputado pediu que os cidadãos cobrem de seus deputados a assinatura do requerimento e convidou seus colegas a aderir:
“Por isso, peço que os deputados assinem esse requerimento de criação da CPI, precisamos de 171 assinaturas para que a CPI ocorra. Só assim conseguiremos apurar a veracidade dos fatos e evitar que pesquisar irregulares pautem políticas nacionais”, concluiu.
O parlamentar integra um grupo que se opõe à política de relaxamento das punições aos usuários e à liberação do comércio de entorpecentes. Em recente discurso, Hélio Negão destacou o poder destrutivo das drogas, que já matou três de seus sobrinhos depois que se envolveram com entorpecentes.