Quando os defensores de Lula comemoraram os dados do IBGE que demonstraram a diminuição das desigualdades sociais dos últimos dez anos, viraram motivo de piada nacional, pois os dados eram de 2022, ou seja, do governo Bolsonaro. Os dados atuais mostram um outro Brasil, apesar do pouco tempo da mudança de governo.
Em 2022, com Bolsonaro, a Petrobras fechou o ano com um lucro recorde de R$ 188,3 bilhões, o maior de sua história. Com seis meses de Lula, a estatal registrou uma queda de 47% nos lucros reduzindo o repasse aos acionistas em 83% se comparado ao repasse do mesmo período no ano passado.
Essa situação da Petrobras também é encontrada nas contas públicas que fechou o semestre com um déficit (rombo) de R$ 20,4 bilhões, enquanto que, ano passado, com Bolsonaro, as contas públicas experimentaram um superávit de quase R$ 130 bilhões. Os economistas atribuem o rombo à PEC da Transição, também chamada de PEC da Gastança, que aumentou em R$ 145 bilhões o teto de gastos para o governo Lula.
Fazendo farra com o dinheiro do povo (viagens suntuosas, hotéis caríssimos, móveis nababescos, torra-torra nos cartões corporativos) e aumentando despudoradamente o número de ministérios para alocar aliados e apaniguados, recriando a colossal cabide de empregos nas estatais e ensaiando a volta do loteamento político da Petrobras, Lula deixa a conta no vermelho e promove o rombo em nome da democracia.
Como tudo que sai precisa ser coberto, Lula e seus ministros cortaram verbas destinadas às políticas públicas para evitar uma tragédia maior nas contas do governo. Veja os ministérios atingidos:
- Saúde: R$ 452,024 milhões;
- Educação: R$ 332,017 milhões;
- Transportes: R$ 217,011 milhões;
- Cidades: R$ 144,007 milhões;
- Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 144,007 milhões;
- Meio Ambiente: R$ 97,505 milhões;
- Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60,003 milhões;
- Defesa: R$ 35,001 milhões;
- Cultura: R$ 27,001 milhões;
- Desenvolvimento Agrário: R$ 24,001 milhões.
Nessa trágica brincadeira, as áreas mais atingidas foram a Saúde e a Educação, prioritárias para o povo de qualquer país. A Saúde perdeu quase meio bilhão de reais e a Educação perdeu R$ 322 milhões, dos quais R$ 201 milhões na Educação Básica, R$ 131 milhões na alfabetização, R$ 50 milhões em bolsas de pesquisas acadêmicas e R$ 1 milhão no transporte escolar.
Quando Bolsonaro contingenciou verbas para a Educação, entidades estudantis e sindicais foram às ruas em protestos fazendo pré-campanha para Lula. Antes, o governador Camilo Santana tinha contingenciado as verbas das universidades públicas estaduais. Mas, em relação a isso, nenhuma entidade de professores e de estudantes organizou manifestações.
Da mesma forma, calam-se em relação aos cortes de Lula que atingem principalmente a classe trabalhadora e seus filhos. As entidades sindicais da área da Saúde também estão criminosamente omissas. Isso demonstra o grau de covardia e hipocrisia dessas entidades e mostram que nunca foram às ruas em nome da Saúde e da Educação, mas em defesa desse tipo de política que acabou de cortar quase R$ 1,5 bilhão que seria destinado à população.
Enquanto as entidades se calam e o Brasil paga as contas da mordomia petista, Janja Esbanja se espreguiça no seu novo sofá de luxo que se move a controle remoto.
