”Há uma tentativa orquestrada e declarada de assassinar a reputação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, declarou Flávio. “Como não conseguem envolvê-lo em esquema de corrupção nenhum, ficam buscando qualquer coisa que resulte numa prisão arbitrária dele ou numa inelegibilidade sem qualquer fundamento. Hoje, sem qualquer necessidade, autorizam a busca e apreensão na casa do ex-presidente Bolsonaro por causa de cartão de vacinação”, disse ele.
O senador argumentou que uma falsificação de cartão de vacinação não beneficiaria Jair Bolsonaro. Flávio afirmou que, quando presidente, Bolsonaro tinha passaporte diplomático e não precisava comprovar vacinação contra a covid-19 para entrar em país nenhum. De acordo com o senador, a operação desta quarta-feira foi uma “pescaria”. Ou seja, buscas das autoridades sem objeto específico para encontrar algo que incrimine uma pessoa. “Joga uma rede, uma tarrafa, puxa e vê o que vem agarrado nela”, disse.
Flávio Bolsonaro também afirmou que um dos alvos da mesma operação já foi acusado de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no Rio de Janeiro, em 2018. “Será que a intenção é tentar mais uma vez vincular Bolsonaro ao assassinato da Marielle?”, declarou Flávio.
”Essa narrativa criminosa de mais uma vez tentar envolver Bolsonaro com esse assunto, desculpa a palavra, é escrota. Isso é muito escroto”, disse o senador. ”Tenho certeza que o presidente Bolsonaro vai esclarecer tudo como tem feito todas as vezes em que é chamado a colaborar com a Justiça. E eu espero que a Justiça promova Justiça de verdade”, declarou ele.
Ao autorizar a Operação Venire, que investiga suposta falsificação de dados de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Polícia Federal (PF) apreender armas e o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PF fez buscas na casa do ex-presidente, em Brasília, nesta quarta-feira, 3, onde apreendeu o celular dele. O Estadão apurou que o passaporte e as armas não foram encontradas. Bolsonaro voltou ao Brasil no final de março, depois de passar três meses nos Estados Unidos.