Mas o Vovô arrecadou apenas R$ 2,6 milhões. Por cota de participação, o Alvinegro recebeu R$ 1,25 milhão, por estar no Grupo II de cotas, e R$ 1,4 milhão ao passar pela Caldense/MG na 1ª Fase. Ao ser eliminado pelo Ituano, o Vovô deixou de ganhar R$ 2,1 milhões.
Mas o prejuízo é ainda maior pela meta financeira estipulada pelo clube: aproximadamente R$ 7 milhões.
1ª fase: R$ 1,4 milhão (grupo I), R$ 1,25 milhão (grupo II) e R$ 750 mil (grupo III)
2ª fase: R$ 1,7 milhão (grupo I), R$ 1,4 milhão (grupo II) e R$ 900 mil (grupo III)
3ª fase: R$ 2,1 milhões
Oitavas de final: R$ 3,3 milhões
Quartas de final: R$ 4,3 milhões
Semifinal: R$ 9 milhões
Vice-campeão: R$ 30 milhões
Campeão: R$ 70 milhões
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A eliminação do Ceará para o Ituano, na Copa do Brasil, seguiu um roteiro já conhecido do torcedor - e doloroso. Novamente o Alvinegro foi derrotado nos pênaltis. Foi a 5ª disputa seguida que o time saiu perdedor. Com isso, completou mais de 1100 dias sem vencer nas penalidades.
A última vez que o Vovô conseguiu vencer uma disputa de pênaltis foi há exatos 1121 dias, justamente na própria Copa do Brasil, no dia 19 de fevereiro de 2020 - há mais de 3 anos - contra o Oeste, pela 2ª fase da competição.
Na ocasião, Bergson, Samuel Xavier, Eduardo Brock e Felipe Baxola converteram para o Alvinegro, enquanto Fernando Prass defendeu a cobrança de Alyson e Mantuan chutou pra fora.
Desde então, o Ceará perdeu nos pênaltis para Bahia (na final da Copa do Nordeste 2021), Iguatu (nas quartas do Campeonato Cearense 2022), CRB (nas quartas da Copa do Nordeste 2022), São Paulo (nas quartas da Copa Sul-Americana 2022) e, agora, para o Ituano, pela Copa do Brasil.
Ou seja, disputou e foi derrotado nas penalidades em todas as competições mata-mata possíveis.
Está muito claro que não é coincidência. Pênalti é uma mistura de capacidade técnica com treinamento, preparação mental e confiança. De quem bate e quem defende.
E eu desconheço time que seja pior neste quesito que o Ceará.