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Brasil

Agência de checagem diz que a inflação no Brasil é maior que na Argentina

A Lupa, do grupo Folha de S.Paulo, desmentiu-se ao analisar frases do presidente Jair Bolsonaro, durante uma entrevista ao podcast Cara a Tapa

Publicada em 16/08/22 às 05:08h - 177 visualizações

Cristyan Costa, Revista Oeste


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Agência de checagem diz que a inflação no Brasil é maior que na Argentina
 (Foto: Reprodução/Internet)

A agência de checagem Lupa, do grupo Folha de S.Paulo, desmentiu-se ao analisar frases do presidente Jair Bolsonaro, durante uma entrevista ao podcast Cara a Tapa. A gafe ocorreu quando a empresa tentou explicar que a inflação brasileira é maior que a da Argentina, comandada pelo peronista Alberto Fernández.

“No Brasil, o IPCA acumula alta de 10,07% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE”, publicou a Lupa. “Ou seja, a inflação mensal na Argentina está em 7,4%, enquanto a brasileira está em 10,07%, índice 36% maior do que o argentino.”

Completamente diferente do que informou a agência, a economia brasileira registrou deflação de quase 0,70% em julho. Na Argentina, a inflação anual alcançou 71% — e tende a piorar.

Para tentar justificar seu analfabetismo aritmético, a Lupa publicou um segundo post, ainda mais incompreensível: “A comparação das inflações mensal da Argentina e anual do Brasil foi feita por Bolsonaro. A Lupa mostrou os índices (julho Arg: 7,4%; últimos 12 meses BR: 10,07%), indicando que a frase foi exagerada. A inflação anual é maior na Argentina (de 71%), como explicado na checagem”.

Publicado no domingo 14, o post que contém a primeira desinformação ainda não foi apagado.

Agência de checagem atacou a Revista Oeste

Em 31 de julho de 2020, a Aos Fatos qualificou de “fake news” uma reportagem de Oeste que expunha a verdade. O texto informava que, diferentemente do que imaginava a imprensa tradicional, a Floresta Amazônica não estava em chamas.

A truculência se repetiu em 17 de março de 2021, desta vez mirando uma reportagem sobre a pandemia de covid-19 na cidade mineira de São Lourenço. Enquanto o restante do país era castigado pelo agravamento da tragédia, o município de 46 mil habitantes completava a terceira semana sem registrar mortes — em 15 de março, não havia um único paciente internado na UTI.

Alheia às provas da veracidade do que Oeste publicara, a agência de checagem continuou poluindo os textos com o carimbo: “fake news”. No Facebook, uma tarja sobre a foto que ilustrava os posts de todos aqueles que compartilhavam os textos vinha acompanhada de um alerta: “Informação falsa — Checada por verificadores de fatos independentes”.

Em abril deste ano, Oeste venceu a segunda batalha judicial contra a prepotência da autodenominada agência de checagem. Aos fatos: “A censura pelos indivíduos — incluídas as pessoas jurídicas — à liberdade de expressão, de manifestação ou de opinião, sob qualquer aspecto ou pretexto, não é condizente nem compatível com qualquer dos princípios norteadores da sociedade democrática vislumbrada pelo constituinte de 1988”, afirma um trecho da sentença do juiz Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo. “Aspirações de proteger a sociedade não só contra notícias falsas, mas contra qualquer potencial ameaça, desde um ponto de vista supostamente isento e superior, flertam perigosamente com o totalitarismo.”




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