Ontem (30.06) foi aprovada no Senado a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 1/2022 com a absoluta maioria dos votos. Foram 72 votos favoráveis e 1 contra do senador José Serra (PSDB/SP).
Oito senadores, com medo da reação popular ao votarem contra, não compareceram à votação. Dentre os senadores covardes está o cearense Cid Gomes (PDT).
PT, PDT, Rede, PSB, PSDB e demais partidos de oposição votaram na proposta de Bolsonaro, inclusive toda a bancada do MDB da pré-candidata a presidente Simone Tebet (MS) que pouco antes da votação tinha dito que "Bolsonaro quer gastar para ganhar votos".
Contrariando o discurso que antecedeu a PEC onde sustentava que se tratava de uma proposta eleitoreira, a oposição se ajoelhou diante do presidente Bolsonaro, pois sabia - e sabe - que está pegando muito mal essa postura de ficar contra as medidas que beneficiam a população brasileira. Ela já sentiu o peso da opinião pública quando se colocou - e se coloca - contra a diminuição do ICMS sobre os combustíveis e outros produtos essenciais como, por exemplo, a energia elétrica.
Enquanto o presidente da República faz um esforço desmedido para controlar os preços e minimizar os resultados da pandemia e da guerra, a oposição aposta no "quanto pior, melhor". Para ela, mais vale ver a população sofrendo com a inflação do que ver Bolsonaro reeleito.
Mesmo assim, foi obrigada a votar na PEC que até horas antes chamavam de eleitoreira. Então quer dizer que ao votar na proposta a oposição se assumiu como eleitoreira? Essa grosseira contradição é fruto de uma política oportunista e demagógica que tem por objetivo exclusivo a volta ao poder central a qualquer custo.
Tão logo a PEC foi aprovada, o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) publicou nas redes sociais: "Aprovada no Senado a PEC que permite Auxílio-Brasil de 600 reais, dobra o vale-gás de cozinha, garante auxílios a caminhoneiros e taxistas, financia a gratuidade de idosos em transportes públicos, financia redução de impostos sobre o etanol, e reforça o 'Alimenta Brasil'".