A Justiça concedeu na tarde de segunda-feira, 30, liberdade condicional a Elize Matsunaga, condenada a 16 anos de prisão por matar e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga. O caso ocorreu em 2012 e o julgamento, em 2016. Elize ainda deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, nesta segunda.
Advogada de Elize, Juliana Fincatti Moreira Santoro disse que a notícia foi recebida com surpresa. "A gente está satisfeito porque a decisão finalmente saiu, mas não sabíamos exatamente quando isso aconteceria", afirmou ao Estadão.
Segundo ela, Elize ainda não deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé, mas a expectativa é que irá sair ainda hoje. "Falta só resolver alguns trâmites para a liberação", explicou. Por questão de segurança, não foi divulgado o local para onde ela será levada.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou que, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" de Tremembé deu cumprimento às 17h35 desta segunda ao alvará de soltura em favor de Elize Matsunaga, em virtude de livramento condicional.
Em dezembro de 2016, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão em regime fechado por ter matado e esquartejado o marido, em 2012. O crime aconteceu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Após ser baleado na cabeça, o executivo teve o corpo cortado em sete partes, jogadas à beira de uma estrada em Cotia, na Grande São Paulo.
Ré confessa, Elize foi presa semanas após cometer o assassinato. A pena máxima prevista para os crimes cometidos por ela era de 33 anos de reclusão, mas o Conselho de Sentença eliminou duas das três qualificadoras no homicídio. Apesar de comemorar o entendimento dos jurados, a defesa de Elize recorreu.
A pena, então, foi recalculada para 18 anos e nove meses, em razão do tempo de Elize na prisão e trabalhos realizados na penitenciária. Depois, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu para 16 anos e três meses.