Concluso o relatório final da CPI da Covid, que ficou mais conhecida como CPI da Vergonha, nove senadores oposicionistas foram entregá-lo ao Procurador-Geral Augusto Aras. Pediram a apuração de todos os casos e disseram que confiam no trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Ironicamente Augusto Aras elogiou o trabalho da CPI: "Graças ao trabalho da CPI, nós já temos várias investigações em curso, ações de improbidade, denúncias já ajuizadas, afastamento de autoridades estaduais e municipais", ou seja, tudo o que a CPI não queria.
Já o presidente da Câmara de Deputados Arthur Lira (PP/AL) disse que o relatório fere "de morte princípios, direitos e garantias fundamentais" e que a "CPI não pode se converter em um instrumento inquisitorial de exceção, infenso ao controle e dotado de poderes exorbitantes ou limitados".
A CPI, que não investigou os verdadeiros genocidas - governadores e prefeitos - que desviaram descaradamente bilhões de reais do dinheiro da Saúde do povo brasileiro no momento mais difícil da recente História Mundial, termina como começou: desacreditada e inócua.