Ontem (19) à noite, em reunião do colegiado que compõe a CPI da Covid, o chamado G7, a maioria absoluta de senadores demoveram o relator e senador corrupto Renan Calheiros (MDB/AL) da ideia de colocar no relatório final a acusação de genocida de populações indígenas e homicida contra o presidente jair Bolsonaro. A reunião aconteceu na residência do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB/CE).
Renan, conhecido como Renangate pela operação da Polícia Federal que investigou seus esquemas de corrupção em Alagoas, também foi demovido da ideia de indiciar o senador Flávio Bolsonaro (Patriota/RJ), o Secretário Especial de Saúde Indígena Robson Santos da Silva, o presidente da FUNAI Marcelo Augusto Xavier, o pastor Silas Malafaia, a empresa Belcher Farmacêutica e seu sócio Emanuel Catori. A acusação de homicídio qualificado que seria atribuída a Bolsonaro foi removida por sugestão do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE).
Mesmo assim, o presidente será acusado pelo relatório final da CPI da Vergonha, como ficou conhecida nacionalmente, por infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verbas públicas, incitação ao crime, falsificação de documento particular, charlatanismo, prevaricação, crime contra a humanidade e crime de epidemia com resultado de morte. Isso por uma CPI que tem à frente senadores ligados aos desvios de bilhões de verbas federais destinadas para o combate à Covid-19.
A R7 acabou de divulgar o relatório final que tem 1.180 páginas e indicia 2 empresas e 66 pessoas.
Veja a versão final do documento aqui.