Em Itaberaí, interior de Goiás, uma professora instruiu adolescentes a calcularem o valor da cocaína contido em uma embalagem hipotética. A docente propôs o exercício aos alunos do 8º ano da Escola Municipal Padre Elígio Silvestri.
“Considerando as dimensões de cada pino plástico utilizado na embalagem de cocaína como sendo um cilindro de raio 0,5 cm e altura de 4 cm, o valor do volume total de cocaína desse pino plástico completamente cheio, em cm³, será de?”, questionava o exercício de múltipla escolha.
Revoltados, os pais prestaram queixas na direção da escola. Uma coordenadora respondeu que “era um cálculo comum, como se fosse um cálculo feito com arroz ou feijão”, sem influenciar os alunos a “vender ou usar” o entorpecente.
“Tem como uma escola mandar para um menino de 14 anos resolver um problema baseado em pino de cocaína?”, disse o pai de um dos alunos, em entrevista ao portal G1, na sexta-feira 8. O homem não quis ser identificado. “Por que não se baseou em outra coisa? Tinha que ser logo cocaína? Não pus meu filho lá para estudar sobre cocaína.”
Diante da revolta, o Conselho Tutelar da cidade foi acionado. A diretora do colégio reconheceu o erro a dois representantes do órgão e pediu desculpas, dizendo que a questão fugiu do “alinhamento do trabalho pedagógico”.