O governo federal espera que o Brasil alcance a autonomia na produção de vacinas a partir de 2022 com o Centro Nacional de Imunização, que será construído em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua equipe lançaram, nesta quinta-feira (30), em Belo Horizonte, a pedra fundamental para marcar o início do projeto, que terá um aporte de R$ 50 milhões da União e R$ 30 milhões do Governo de Minas Gerais.
Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, detalha que o laboratório terá capacidade de desenvolver projetos com tecnologia 100% nacional, fazer conexões com as indústrias e promover testes pré-clínicos e clínicos de vacinas variadas. Com o lançamento, o representante do governo classificou a UFMG de "Oxford brasileira".
"O Brasil nunca foi capaz de fazer as suas próprias vacinas completamente. Agora, nós teremos condições de produzir no país a tecnologia de vacina, o insumo farmacêutico e a distribuição, que já fazemos bem", afirmou.
Na prática, o projeto vai expandir os trabalhos do atual laboratório da universidade conhecido como CT Vacinas, transformando-o em um polo nacional de desenvolvimento de imunizantes, fármacos e kits diagnósticos. A estrutura será construída em um terreno de 4.400 metros quadrados no BH-Tec (Parque Tecnológico de Belo Horizonte), ao lado do campus Pampulha da UFMG.
Bolsonaro em BH
A visita do presidente a Belo Horizonte faz parte da série de eventos que marcam os mil dias de sua gestão. Durante a cerimônia, realizada na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas Gerais, Bolsonaro também sancionou o projeto que libera R$ 2,8 bilhões para a modernização, ampliação e privatização do metrô da capital mineira. Parte do valor deve ser usada para a construção de uma nova linha de trens na cidade.
Em seu discurso, o chefe do Executivo também voltou a criticar o passaporte da vacina adotado em algumas cidades e defendeu o direito à liberdade religiosa.