Monica Bergamo, porta-voz do PT fantasiada de jornalista, noticiou que este colunista foi condenado a pagar R$30 mil a Gleisi Hoffmann. Motivo: lembrar aos leitores que, na lista do Departamento de Propinas da Odebrecht, o codinome da deputada paranaense é Amante. A notícia, como sempre, exige correções e complementos:
1. A quantia penhorada foi de R$ 42.000. É esse, segundo Gleisi, o valor da sua honra. Monica acha que R$ 30.000 estão de bom tamanho.
2. O processo não terminou. Só depois de resolvida a pendência a Justiça fixará o destino da quantia penhorada.
3. Amante, como sabe a porta-voz, é um dos dois codinomes que Gleisi ganhou da empreiteira. O outro é Coxa, como vivo lembrando.
4. A deputada e a porta-voz alegam que sou “misógino” e “sexista”. Como apenas reproduzi os codinomes criados pela turma que cuidava das propinas, Gleisi está obrigada a processar a Odebrecht por misoginia e racismo. Também em nome da coerência, também devolva o que recebeu da empreiteira pela rota do caixa dois.
5. Monica parece entusiasmada com a dívida que me atribuiu. Não custa registrar que é infinitamente menor que o calote aplicado à Receita Federal por uma dupla que venera. Lula escondeu R$ 1,2 milhão das declarações do imposto de renda. É dinheiro de troco perto do buraco escavado nos cofres do Fisco por José Dirceu.
Dirceu costuma gastar bastante dinheiro com ex-namoradas. Disso a porta-voz sabe. Mas não publica. Sua missão é sonegar aos leitores informações desconfortáveis para os dois políticos que predominam no seu altar doméstico. Para tanto, não hesita em torturar a verdade.